Síria adverte os EUA sobre consequências de ataques unilaterais
O vice-ministro de Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad, reafirmou, neste sábado, que qualquer ataque contra território sírio com o pretexto de combater o terrorismo sem a aprovação do Governo será considerado uma agressão.
Publicado 13/09/2014 15:11

A vitória sobre o terrorismo só pode ser conseguida mediante o respeito à independência e a soberania dos Estados e a coordenação com suas autoridades, disse em um artigo publicado no diário Ao Binaa.
"O uso do tema do terrorismo para criar alianças aponta ao lucro de propósitos geopolíticos e não tem nada que ver com a luta contra o terrorismo", assinalou o vice-chanceler em alusão à coalizão impulsionada por Washington.
Mekdad destacou a necessidade de coordenar com as autoridades de Damasco e Bagdá a luta contra a organização extremista Estado Islâmico (EI).
Não é lógico nem convincente dizer que o confronto contra essa formação terrorista será através da provisão de armas aos grupos islamitas na Síria, sublinhou.
Assim mesmo, denunciou que o respaldo brindado aos extremistas por parte do França, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Turquia, Qatar e Arábia Saudita permitiu o surgimento do EI e da Frente ao Nusra, braço da Al Qaeda na Síria.
Nesta semana, o presidente estadunidense, Barack Obama, anunciou a intensificação dos ataques aéreos contra posições do EI no Iraque e sua extensão à vizinha nação.
Como parte de sua estratégia, Obama prometeu mais armas e financiamento aos grupos radicais que combatem o governo sírio.
Essas declarações foram recusadas por servidores públicos e meios de imprensa deste país levantino.
Com esta política a administração norte-americana demonstra falta de seriedade e dupla medida, estimou a agência oficial de notícias Sã.
No mês passado, o chanceler Walid ao Moallem abriram as portas à cooperação com potências ocidentais com o fim de derrotar ao EI, ainda que advertiu que seria no marco do respeito à soberania e a independência da Síria.
Fonte: Prensa Latina