Evo Morales quer modernizar a mineração boliviana
O presidente boliviano, Evo Morales, exortou, nesta quinta-feira (5), a industrializar a mineração do país para garantir seu crescimento econômico.
Publicado 05/02/2015 17:18

Morales inaugurou um forno moderno na Empresa Metalúrgica Vinto, no departamento de Oruro, e pediu que se aproveite os próximos cinco anos, correspondentes ao seu atual mandato, "para industrializar a mineração e diversificar e ampliar o aparelho produtivo, para que a Bolívia siga crescendo".
Queríamos a cada dois ou três anos entregar uma indústria para a mineração em Oruro ou Potosí, porque são departamentos mineiros, disse ele, que se mostrou crítico às demoras no término do forno e na variação dos preços, segundo o projeto inicial.
Primeiro disseram-nos que ia custar US$ 18 milhões. E no final custou US$ 39 milhões. E depois de quase sete anos, por fim, terminamo-lo, reiterou.
Ao mesmo tempo, queixou-se pela falta de técnicos no país para o setor mineiro: "Não temos especialistas, por exemplo, para lítio e dizem que Evo paga pouco dinheiro. Eu estaria feliz com cinco mil bolivianos (US$ 700) mês".
Morales fez questão de dar-lhe valor agregado aos minerais bolivianos, tanto aos metálicos como aos não metálicos, entre eles o lítio.
Com o início do funcionamento do referido forno na estatal Empresa Metalúrgica Vinto, a Bolívia passará do nono ao quinto posto mundial entre as produtoras de estanho, fundindo 18 mil toneladas por ano.
Segundo o Ministério de Mineração e Metalurgia, o forno faz parte dos planos para modernizar a companhia, nacionalizada em 2007.
Teve um investimento superior a US$ 39 milhões e ajudará à planta a reduzir o impacto ambiental e melhorar seus índices de eficiência.
A nova produção de Vinto se destinará a países como Estados Unidos, China, Japão, Coreia do Sul, México, Chile, Brasil e Alemanha.
Inclusive, uma empresa alemã está interessada em firmar um contrato de cinco a 10 anos para comprar os lingotes de prata, que terão 99,96% de pureza.
As 12 mil toneladas métricas produzidas até o momento destinavam-se às indústrias eletrônica e cibernética.
Fonte: Prensa Latina