Movimento social peruano rechaça ofensiva imperialista à Venezuela 

Dirigentes do movimento social peruano rechaçaram nesta sexta-feira (27), a campanha internacional contra a Venezuela e a ameaça do Estados Unidos contra esse país, consequência das declarações do governo Obama de que a Venezuela seria um perigo para a segurança norte-americana. 

Sindicalista peruano - Reprodução

As opiniões contrastam com a ofensiva midiática e política, que usa a visita ao Peru das esposas de dois opositores venezuelanos presos por acusações penais e as quais pressionam o governo peruano a apoiar a oposição extrema contra o presidente Nicolás Maduro.

O sindicalista Juan José Gorriti negou que a Venezuela seja uma ameaça para os Estados Unidos e disse que a declarar como tal serve à extrema direita venezuelana, condenando também o pronunciamento de um grupo de legisladores peruanos de apoio à campanha contra a nação bolivariana.

O dirigente sindical da construção Augusto Ramos recusou a ingerência nos assuntos internos da Venezuela e pediu respeito a seu direito à autodeterminação.

O presidente do Movimento de Solidariedade à Venezuela Bolivariana, Víctor Oliva, manifestou que no Peru deve ser respeitada a posição unânime dos países latino-americanos contra o decreto norte-americano que declara aquele país como uma ameaça.

O dirigente rechaçou os ataques do escritor Mario Vargas Llosa ao presidente da República, Ollanta Humala, por não ter recebido as esposas dos venezuelanos Leopoldo López e Antonio Ledezma, presos por promoverem a violência de grupos radicais que deixou dezenas de mortos nesse país.

Ao repúdio de Vargas Llosa por essa negativa, Humala respondeu que só se lamentam as tragédias, sem fazer mais comentários.

Oliva sinalizou que as visitantes só representam os movimentos golpistas da Venezuela, com os quais a região latino-americana guarda distâncias.

As visitantes enviadas pela direita, apadrinhadas por Vargas Llosa, foram recebidas pelos ex-presidentes neoliberais Alan García e Alejandro Toledo e também pela chefa do grupo conservador Força Popular, Keiko Fujimori, filha do ex-governante Alberto Fujimori, preso por corrupção e crimes de lesa humanidade.

Fonte: Prensa Latina