Publicado 07/10/2015 11:43 | Editado 04/03/2020 17:06

Criada em dezembro de 2012, a Comissão investigou violações de direitos humanos e liberdades individuais ocorridas entre 1º de abril de 1964, data do golpe militar e início da intervenção na universidade, até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição democrática brasileira.
Na UFRN, a presidência da Comissão ficou a cargo do professor Carlos Roberto de Miranda e contou com a colaboração de mais sete membros de diversos setores da Universidade, como do ADURN-Sindicato, através da professora Maria Ângela Fernandes Ferreira, do Sintest/RN, DCE, dos professores Ivis Alberto Lourenço Bezerra de Andrade, Almir de Carvalho Bueno e José Antônio Spineli Lindozo, e do funcionário da Universidade, Moisés Alves de Sousa.
O grupo foi instituído em um momento singular da História do Brasil, quando os movimentos sociais e sindicais, além da própria sociedade civil, organizaram-se em comitês municipais e estaduais para contribuir com o esforço de reconhecer o direito da sociedade brasileira de saber a inteira verdade sobre as agressões aos direitos humanos durante a ditadura militar.
Apesar de em todos os países da América Latina onde foram instauradas comissões da verdade não haver registro de que trabalhos específicos nesse sentido tenham sido realizados dentro de universidades, as comunidades acadêmicas no Brasil demonstraram organização e interesse em contribuir com os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, já que os campus universitários foram palco de inúmeros ataques, invasões e perseguições durante a Ditadura.
Durante quase três anos, a comissão colheu 51 depoimentos, entre docentes, técnicos e estudantes perseguidos à época, em 27 sessões ordinárias e três audiências públicas, e reuniu e analisou extensa documentação do Arquivo Nacional e publicações de Mário Moacir Porto e Otto de Brito Guerra (Edufrn) e do Programa Memória Viva, produzido e veiculado pela TV Universitária.
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De Natal, Jana Sá