Gaza em Chamas
A intensidade dos bombardeios sobre Gaza faz lembrar a chuva de bombas V8 despejadas sobre Londres, no auge da 2ª guerra mundial, pelo então poderoso exército alemão de Adolf Hitler, maior algoz dos judeus.
Publicado 13/01/2009 10:23
As ruínas que restaram em Gaza, após os sucessivos e criminosos bombardeios, se assemelham aos escombros de Stalingrado depois da heróica resistência do povo soviético contra a besta fera hitlerista.
As cenas de crianças inocentes e de anciãos indefesos, dilacerados pelas bombas de Israel, em muito lembram o massacre promovido pelos Estados Unidos contra o povo vietnamita.
E a imagem de um povo faminto, privado de água, comida e moradia em muito se assemelha as vítimas do gueto de Varsóvia quando do massacre nazista.
É lamentável que todas essas cenas dantescas do passado, das quais os judeus foram vítimas destacadas, sejam rememoradas precisamente pela bestialidade do exército de Israel, com a proteção de seu aliado americano.
Creio ser totalmente desnecessário discutir as causas e a arrogância com que o governo de Israel promove mais essa ofensiva contra o indefeso povo palestino. O histórico de baixas no “conflito” Israel x Palestinos fala por si mesmo. Apenas no recente episódio são mais de 5 mil mortos e feridos do lado palestino – predominante civis – contra 13 mortos de Israel, dos quais apenas 3 civis.
Se fosse apenas um morto de cada lado já seria deplorável, pois a dor de quem perde um ente querido não é mensurado pela quantidade e sim pela intensidade, mas, por isso mesmo, é profundamente desproporcional a dor e o sofrimento daqueles que perderam mais de 5 mil familiares, o que certamente se configura como uma tragédia.
Lembrar esses episódios históricos serve para relembrar que nenhum agressor vence, em definitivo, se o povo atacado não se render; serve, igualmente, para demonstrar que não há império invencível e que ninguém jamais conquistou a paz sobre os escombros de outros povos.
Israel jamais terá paz enquanto não respeitar o legítimo direito do povo palestino a sua existência, assim como jamais vencerá o povo palestino se esse não aceitar a derrota. O império persa, mongol, romano, assim como a besta fera nazista e americana aí estão para demonstrar essa verdade.
Nessa tragédia o que chama atenção, todavia, é a passividade com que a maioria dos países, inclusive do mundo árabe, assistem ao massacre de um povo. Afora manifestações patrióticas e populares, que servem para evidenciar o isolamento de Israel e de seu aliado americano, o exército sionista continua despejando suas bombas sobre crianças indefesas e promovendo uma verdadeira carnificina.
Mas o grau de isolamento de Israel chegou a tal ponto que ele não deve desconsiderar a hipótese de uma frente mundial contra as suas pretensões, independente da simpatia ou não pela causa palestina.
E se todos os países árabes e os demais desafetos de Israel, como o Irã, por exemplo, resolvessem fazer um cerco a Israel e promover o seu aniquilamento? Seria justo? Não creio. Mas o caminho trilhado por Israel talvez não deixe outra alternativa.
O que está em discussão não é se é justa ou não a causa palestina – isso a história e os fatos já demonstraram – mas se um país, qualquer que seja, pode impor sua vontade sobre os demais países, afrontar as resoluções da ONU e promover um verdadeiro genocídio sobre a falácia do “direito” de autodefesa.
Israel precisa ser parado, assim como seu protetor americano. Só assim o mundo poderá ter paz.estabelecer suas próprias leis.