Gaza em Chamas

A intensidade dos bombardeios sobre Gaza faz lembrar a chuva de bombas V8 despejadas sobre Londres, no auge da 2ª guerra mundial, pelo então poderoso exército alemão de Adolf Hitler, maior algoz dos judeus.

As ruínas que restaram em Gaza, após os sucessivos e criminosos bombardeios, se assemelham aos escombros de Stalingrado depois da heróica resistência do povo soviético contra a besta fera hitlerista.



As cenas de crianças inocentes e de anciãos indefesos, dilacerados pelas bombas de Israel, em muito lembram o massacre promovido pelos Estados Unidos contra o povo vietnamita.



E a imagem de um povo faminto, privado de água, comida e moradia em muito se assemelha as vítimas do gueto de Varsóvia quando do massacre nazista.



É lamentável que todas essas cenas dantescas do passado, das quais os judeus foram vítimas destacadas, sejam rememoradas precisamente pela bestialidade do exército de Israel, com a proteção de seu aliado americano.



Creio ser totalmente desnecessário discutir as causas e a arrogância com que o governo de Israel promove mais essa ofensiva contra o indefeso povo palestino. O histórico de baixas no “conflito” Israel x Palestinos fala por si mesmo. Apenas no recente episódio são mais de 5 mil mortos e feridos do lado palestino – predominante civis – contra 13 mortos de Israel, dos quais apenas 3 civis.



Se fosse apenas um morto de cada lado já seria deplorável, pois a dor de quem perde um ente querido não é mensurado pela quantidade e sim pela intensidade, mas, por isso mesmo, é profundamente desproporcional a dor e o sofrimento daqueles que perderam mais de 5 mil familiares, o que certamente se configura como uma tragédia.



Lembrar esses episódios históricos serve para relembrar que nenhum agressor vence, em definitivo, se o povo atacado não se render; serve, igualmente, para demonstrar que não há império invencível e que ninguém jamais conquistou a paz sobre os escombros de outros povos.



Israel jamais terá paz enquanto não respeitar o legítimo direito do povo palestino a sua existência, assim como jamais vencerá o povo palestino se esse não aceitar a derrota. O império persa, mongol, romano, assim como a besta fera nazista e americana aí estão para demonstrar essa verdade.



Nessa tragédia o que chama atenção, todavia, é a passividade com que a maioria dos países, inclusive do mundo árabe, assistem ao massacre de um povo. Afora manifestações patrióticas e populares, que servem para evidenciar o isolamento de Israel e de seu aliado americano, o exército sionista continua despejando suas bombas sobre crianças indefesas e promovendo uma verdadeira carnificina.



Mas o grau de isolamento de Israel chegou a tal ponto que ele não deve desconsiderar a hipótese de uma frente mundial contra as suas pretensões, independente da simpatia ou não pela causa palestina.



E se todos os países árabes e os demais desafetos de Israel, como o Irã, por exemplo, resolvessem fazer um cerco a Israel e promover o seu aniquilamento? Seria justo? Não creio. Mas o caminho trilhado por Israel talvez não deixe outra alternativa.



O que está em discussão não é se é justa ou não a causa palestina – isso a história e os fatos já demonstraram – mas se um país, qualquer que seja, pode impor sua vontade sobre os demais países, afrontar as resoluções da ONU e promover um verdadeiro genocídio sobre a falácia do “direito” de autodefesa.



Israel precisa ser parado, assim como seu protetor americano. Só assim o mundo poderá ter paz.estabelecer suas próprias leis.

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