A pedra no sapato do poeta
Publicado 28/06/2010 20:19
Os números decimais me esperançam
sobre singularidades…
As roupas pelo avesso me comovem,
soltas pela casa, presas no varal…
Quis dizer um objeto interno.
Uma parafernália de dentro.
Disse-o?
É a poesia me incomodando com seu ar
pulsante.
Abre a porta pra eu ver
a estrada que se deita até os pés do horizonte.
Ofusca-me os olhos com seu anel de brilhante,
alimenta-me com a mão
tal qual eu fosse um bichinho.
Mas o caruncho, a carcoma envia o mote:
“per capita” na fila,
algarismos pro aluguel
minutos pra almoçar.
Mais valia pra agüentar.
Mais valia não!
Mais valeria o trabalho se pra dignificar.
As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor
Marta Eugênia
Professora de Língua Portuguesa, especialista em linguística na cidade de Arapiraca - AL. Escreve há algum tempo e tem alguns poemas espalhados pela cidade, como por exemplo no "Memorial da Mulher".
Contéudo Relacionado
, Amapá
publicado em
27/06/2010
No Amapá, PCdoB reúne 2 mil pessoas em Convenção Eleitoral
Foi como muito entusiasmos que a militância PCdoB do Amapá realizou sua convenção para apresentar seus candidatos ao pleito eleitoral de 2010. Mais de 2 mil filiados estiveram na sede da União dos Negros do Amapá (UNA), em Macapá, onde se reafirmou o apoio à candidatura de Dilma Russef (PT) à Presidência da República e manutenção do mandato do deputado federal Evandro Milhomen (PCdoB/AP).
publicado em
27/06/2010
Alfredo Zaiat: o discurso cínico e perigoso da austeridade
Várias palavras identificam os militantes das políticas de ajuste sobre os grupos vulneráveis da sociedade, mas uma os delata sem possibilidade de dissimulação nestes tempos de crise internacional: “austeridade”. Diante da sucessão de descalabros sociais nas últimas décadas, mencionar o termo ajuste começou a provocar certa prevenção, embora não poucos economistas mantenham sua atitude fundamentalista de não ocultá-lo.
Por Alfredo Zaiat, no Página 12
Tradução: Carta Maior