Covid: Venezuela socorre Manaus com estoque de oxigênio para hospitais

“O povo do Amazonas agradece!”, escreveu o governador Wilson Lima em suas redes sociais

De forma solidária, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, orientou que sua diplomacia atendesse ao pedido do governo do Amazonas e liberasse para Manaus uma carga de cilindros de oxigênio hospitalar da White Martins produzida no país. O chanceler venezuelano Jorge Arreaza disse que conversou nesta quinta-feira (14) com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), após o sistema público de saúde entrar em colapso no estado por falta de oxigênio para o tratamento de Covid-19.

“Por instruções do Presidente Nicolás Maduro, conversei com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para colocar imediatamente à sua disposição o oxigênio necessário para atender à contingência sanitária em Manaus. Solidariedade latino-americana antes de tudo!”, expressou o ministro Arreaza.

Ainda na noite de quinta-feira, o deputado José Ricardo (PT-AM) disse que conversou com o Consulado da Venezuela em Manaus e com o governador. Todos confirmaram o envio do carregamento venezuelano de oxigênio. “O povo do Amazonas agradece!”, escreveu Wilson Lima em suas redes sociais. O estado faz fronteira com a Venezuela, o que facilita o socorro do país sul-americano.

Principal fornecedora do oxigênio hospitalar no Amazonas, a White Martins disse que buscaria o estoque disponível em suas operações na Venezuela e que tentaria abastecer o estado por essa via. “A White Martins já identificou a disponibilidade de oxigênio em suas operações na Venezuela e, neste momento, está atuando para viabilizar a importação do produto para a região”, disse a empresa em nota.

Segundo o Ministério Público, a White Martins alegou “não possuir logística suficiente para atender a demanda” no País. Só no Amazonas – que vive um escalada nos casos de Covid-19 –, a demanda por oxigênio hospitalar chegou a 70 mil metros cúbicos por dia, após aumentar cinco vezes nos últimos 15 dias.

Por isso, os cilindros que virão da Venezuela serão fundamentais. Ao mesmo tempo, a empresa disse que realiza uma “grande operação por vias fluvial e aérea” para trazer oxigênio de fábricas localizadas em outros estados no Brasil, com apoio das Forças Armadas e governos.

Com informações do Estadão e da Revista Fórum

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