Lula grava pronunciamento para o Primeiro de Maio

Mensagem deve ser veiculada em rede nacional na véspera do Dia do Trabalhador e destaca ações econômicas e trabalhistas do governo

Brasília (DF) 29/04/2025 Centrais sindicais realizam marcha dos trabalhadores pela Esplanada dos Ministérios Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou nesta segunda-feira (28) um pronunciamento oficial em homenagem ao 1º de Maio, Dia do Trabalhador. A mensagem será exibida em rede nacional de rádio e televisão na noite de quarta-feira (30), véspera da data comemorativa. Com a possibilidade de não participar do ato unificado das centrais sindicais neste ano, o governo intensificou a produção do material, que foi coordenado pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, no Palácio da Alvorada.

Entre os principais pontos do discurso estão ações voltadas à classe trabalhadora. Lula deve destacar a medida provisória que libera R$ 12 bilhões do FGTS para cerca de 12,1 milhões de trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário e foram demitidos até 28 de fevereiro de 2025. Essa liberação será feita em duas etapas: até R$ 3 mil em março e o restante em junho.

Outra medida em destaque é o decreto que reformula o uso do vale-refeição e do vale-alimentação, que o governo corre para finalizar antes do feriado. Além disso, o presidente vai mencionar o crédito consignado com juros reduzidos para trabalhadores da iniciativa privada, política de valorização do salário mínimo — com meta de R$ 1.630 até 2026 — e o projeto que isenta do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil mensais, compensado por um imposto mínimo sobre grandes rendas.

Embora não esteja confirmada sua presença nos atos de rua, Lula receberá nesta terça-feira (29) lideranças das principais centrais sindicais em Brasília, após marcha organizada por entidades como CUT, CTB, Força Sindical, UGT, CSB, NCST, Intersindical e Pública. As centrais entregarão um documento conjunto com 26 reivindicações ao presidente, além dos chefes do Senado e da Câmara. Entre os temas, está o fim da escala de trabalho 6 x 1.

Nos eventos públicos em São Paulo e outras capitais, o governo será representado pelos ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), reforçando a interlocução com o movimento sindical às vésperas da principal data do calendário trabalhista nacional.

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