A deputada Raquel Muniz (PSD-MG) foi protagonista neste domingo (17) de um dos votos mais acalorados pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ao proferir seu voto, elogiou o marido, Ruy Adriano Borges Muniz, prefeito de Montes Claros (MG), e o citou como exemplo de que “o Brasil tem jeito”. Mas, no dia seguinte, a notícia da prisão do prefeito nos instiga à reflexão de quanto dos discursos proferidos pelos deputados revelam uma hipocrisia cada dia mais exaltada pela sociedade brasileira.
Após a aprovação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados neste domingo (17), a vice-líder do governo, deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse que a luta deve continuar. “Nós vamos continuar a nossa luta, e eu tenho certeza que a intensificação dela nas ruas vai nos levar à vitória.”
Após três dias de sessões que se estenderam pela madrugada, a oposição, setores do Judiciário, da mídia e do Ministério Público conseguiram avançar no golpe institucional no Brasil numa primeira batalha. Mas a guerra não está perdida. No Senado, quando se analisar o mérito, ficará evidente que não existem elementos jurídicos que justifiquem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Por Daniel Almeida*
Os prognósticos sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff ainda são incertos, mas aos trabalhadores o fundamental é saber, desde já, como conquistas e direitos serão tratados.
Por João Carlos Gonçalves (Juruna), especial para o Vermelho
É cada vez mais sólida a consciência no país e no debate público internacional sobre a natureza golpista da tentativa de derrubada da presidenta Dilma. “A justiça é como as serpentes. Só morde os pés descalços” – Eduardo Galeano, um humanista que eles jamais terão dentre um dos seus.
Por Jeferson Miola*, na Carta Maior
Em suas mansões ou restaurantes luxuosos, a elite empresarial brasileira deve estar em êxtase com a aprovação do impeachment de Dilma. Afinal, ela é a grande vitoriosa deste vergonhoso golpe na democracia. Os deputados são apenas os seus serviçais e os “midiotas” da chamada classe média são somente a sua massa de manobra.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), postou em seu perfil nas redes sociais sua opinião sobre o grave momento político que atravessa o país com a votação do processo de impeachment realizado pela Câmara dos Deputados neste domingo (17). Para o governador, não há razões para o impeachment e por isso, a luta contra o golpe deve seguir em frente.
O vice-líder do PT, Paulo Pimenta (SP), deu os primeiros sinais de que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff deverá ser aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados e admitiu que os governistas pretendem acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar o impedimento da presidenta.
Deputados federais já articulam uma anistia ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), caso o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) seja aprovado neste domingo. Cunha responde a processo no Conselho de Ética da Casa por ter mentido à CPI da Petrobras em março de 2015, quando afirmou que não tinha contas em paraísos fiscais.
Da revista Fórum
Em entrevista para o diário argentino Página/12,João Pedro Stédile, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, mobilizou milhares de militantes, em dezenas de Estados, contra o golpe institucional que está sendo votado neste dia 17 de abril, em sessão extraordinária da Câmara dos Deputados.
Por Darío Pignotti, direto de Brasília, para o Página/12
Sem comprovação de crime de responsabilidade, a Câmara dos Deputados negou neste domingo (17) a admissibilidade do processo de impeachment imposto pela oposição ao governo da presidenta Dilma Rousseff. O placar foi de … a tanto.
Mesmo sem comprovar crime de responsabilidade, a Câmara dos Deputados aprovou neste domingo (17) a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O placar foi de 367 votos a favor do impeachment, 137 contra, além de 7 abstenções e 2 ausentes. Para ser aprovado na Câmara, o processo dependia do voto de no mínimo 342 dos 513 deputados, ou dois terços do total.