A força das mulheres e da educação para mudar o Brasil

A vitória de Lula representa a vitória do povo contra o projeto neoliberal dos últimos seis anos, que acarretou a precarização do trabalho com a reforma trabalhista, de 2017 e a reformada da previdência.

A eleição do presidente Lula trouxe de volta a esperança de mudanças na vida do país, tão maltratado nos últimos seis anos. Com Lula a classe trabalhadora pode voltar a sonhar com trabalho decente e vida digna para si e para a sua prole.

Desde a sua posse, o presidente Lula já mostrou a que veio com a montagem dos ministérios voltados para todos os interesses do país. A valorização do trabalho se mostra fundamental nesse governo. Para isso, é importante a revogação da reforma trabalhista e da reforma da previdência.

A volta do Ministério das Mulheres, a criação do Ministério da Igualdade Racial e também dos Povos Indígenas, a valorização do Ministério do Trabalho, da Agricultura Familiar e a criação de uma política de reindustrialização se mostram fundamentais para a reconstrução do país tão devassado.

Além de defender os direitos humanos e a preservação ambiental, também marcam a diferença de termos Lula na Presidência  mais investimentos para avanços no SUS e ampla campanha de vacinação. As trabalhadoras e trabalhadores precisam de emprego com direitos e renda que possibilitem vida digna à família.

A vitória de Lula representa a vitória do povo contra o projeto neoliberal dos últimos seis anos, que acarretou a precarização do trabalho com a reforma trabalhista, de 2017 e a reforma da da previdência, de 2019. Essas “reformas” constituem a cereja do bolo dos patrões contra os interesses de quem vive de sua força de trabalho.

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Tanto que os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vêm mostrando o crescimento do mercado de trabalho informal. Com a novidade do aumento substancial de mulheres na informalidade. Muitas no trabalho doméstico ou como vendedoras ambulantes.

Na educação não é diferente. Como mostra o Censo Escolar 2021, do Ministério da Educação (MEC), 62,7% dos 2,2 milhões de docentes do ensino básico são mulheres. As professoras representam 96,3% da educação infantil. São 88,1% no ensino fundamental 1 e 66,5% no fundamental 2. No ensino médio são 55,7%. Mesmo com essa ampla maioria, as mulheres ganham cerca de 12% a menos que os homens, porque têm presença menor no ensino superior, que detém os maiores salários.

A degradação do trabalho docente cresceu, principalmente no desgoverno Bolsonaro, quando a perseguição às professoras e aos professores foi aviltante e os investimentos em educação pública despencaram.

Ao mesmo tempo, grande parte dos governadores, como o caso de São Paulo, destinam dinheiro público para empresas privadas e fogem da obrigação constitucional de fornecer educação pública e gratuita para todos os estudantes.

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Aqui em São Paulo, não temos plano de carreira digno, não temos concurso público há dez anos. Com isso, grande parte dos contratos são os chamados “temporários”, ou seja, com os direitos aviltados.

Além de toda essa precarização, as mulheres têm sobre os seus ombros a dupla, às vezes tripla, jornada de trabalho. Essa condição ficou muito mais evidente durante a pandemia de covid-19 quando foi instituído o ensino remoto.

O dia 8 de março de 2023 deve representar uma nova era com a volta do Ministério das Mulheres e com maiores investimentos em educação pública. O Brasil precisa de mais mulheres com poder de decisão e uma educação pública voltada para o diálogo com a sociedade rumo a um futuro de mais igualdade e justiça.

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