Alckmin foge da comparação de governos

No mundo político há uma regra não escrita de que um governo exitoso costuma fazer seu sucessor. A rigor, os “feitos” do governo são o grande capital político do sucessor.

Às vezes, na ausência d

Assim, nas batalhas eleitorais, os candidatos procuram estabelecer comparações de seus próprios governos e ou dos aliados com o governo dos adversários.

Por que, então, Alckmin foge de qualquer comparação entre os governos de FHC e de Lula?

Simplesmente porque a comparação lhe é desfavorável em todos os terrenos.

Nos 8 anos de FHC a balança comercial foi negativa; o risco país se aproximou dos 4 mil pontos e o dólar oscilou de 1 para 4 reais; o juro nominal chegou aos 26%; o salário dos servidores foi congelado; o salário mínimo teve reajuste real negativo; a dívida pública explodiu; o FMI monitorava o país e o crescimento econômico foi pífio, fazendo com que se criasse apenas 800 mil empregos. No caso específico do Amazonas a Zona Franca quase acaba.

Com Lula, em apenas 3 anos, a balança comercial acumulou saldo na casa dos 100 bilhões de dólares; o risco país caiu para 200 pontos e o dólar para 2 reais; o juro nominal, ainda absurdo, recuou para 15%; os servidores voltaram a receber reajustes e novos concursos foram realizados; o salário mínimo, ainda muito pequeno, tem o maior valor real dos últimos 20 anos; a dívida pública teve inclusive retração em relação ao PIB; o país se livrou do FMI e o crescimento econômico, mesmo aquém das possibilidades, é muito superior ao da era FHC, o que possibilitou a criação de quase 4 milhões de empregos. A ZFM foi prorrogada e saltou de 30 para 100 mil empregos.

É bastante compreensível porque Alckmin quer fugir de comparações.

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