As chibatadas de Sérgio Camargo na cultura braZileira

Camargo não é um “conservador”, mas uma figura deplorável cujo reacionarismo é tão estúpido que enxergar um posicionamento ideológico nesse sujeito chega a ser um exercício de paciência

Fotomontagem feita por Artur Nogueira com as fotos de:

O jornalista Sérgio Camargo, desde novembro de 2019 nomeado destruidor da Fundação Palmares, é um desses ogros saídos dos pântanos do obscurantismo fascista, e alçado ao primeiro plano da gestão pública.

Camargo não é um “conservador”, mas uma figura deplorável cujo reacionarismo é tão estúpido que enxergar um posicionamento ideológico nesse sujeito chega a ser um exercício de paciência. O elemento é tão ignorante e tão fanático anticomunista, que soma um conjunto de ações que ultrapassaram qualquer nível de decência.

Em 10 de março de 2020, Camargo extinguiu sete órgãos colegiados (o Comitê Gestor do Parque Memorial Quilombo dos Palmares; a Comissão Permanente de Tomada de Contas Especial; o Comitê de Governança; o Comitê de Dados Abertos; a Comissão Gestora do Plano de Gestão de Logística Sustentável; a Comissão Especial de Inventário e de Desfazimento de Bens e o Comitê de Segurança da Informação) e revogou atos de nomeação dos integrantes desses comitês e comissões.

Desde outubro de 2021, Camargo está proibido de fazer a gestão de pessoas da Fundação, depois vários funcionários o acusaram de assédio, perseguição ideológica e discriminação, ou seja, o elemento, na função de gestor público, assumiu o papel asqueroso de capitão do mato de Bolsonaro.

Nessa semana, o ogro disse que concordava em dar uma chibatadas em quem faz pichações, enaltecendo a aplicação da justiça em Singapura, uma cidade-Estado, governada desde 1959 pelo Partido da Ação Popular e que, até hoje, foi governado por três pessoas: Lee Kwan Yew, de 1959 a 1990, e foi quem introduziu as chibatadas; Goh Chok Tong, que governou 14 anos (1990-2004); e Lee Hsien Loong, que governa desde então. Realmente uma bela referência.

Foto: Reprodução/Twitter

Para esse degenerado os pichadores são, sem dúvida, incentivados pela “esquerda”, um demônio que vive fungando no pescoço de Camargo e que ele imagina estar embaixo da sua cama.

Em junho desse ano publicou um relatório delirante cujo título já expressa a mente doentia do autor: “Retrato do Acervo: Doutrinação Marxista” e anunciava, no mesmo estilo dos nazistas dos anos 30, o expurgo de várias obras de autores endemoniados, como Marx, Engels e Lenin, mas também o “marxista” Max Weber; o perigosíssimo Eric Hobsbawn, um dos intelectuais mais respeitados do mundo; H. G. Wells e o “ultracomunista” Marco Antônio Villa. Foi novamente proibido de sumir com as obras desses autores.

Camargo, que é negro, desde que foi nomeado para o cargo tem proporcionado aos braZileiros um deprimente espetáculo, onde os delírios, a falta de vergonha na cara, a canalhice e a picaretagem fossem introduzidas na Administração Pública. Até hoje despreza os “negros esquerdistas” e chegou, num desses surtos, a esculhambar a figura de Zumbi, dos Palmares.

Desrespeitoso. O elemento já mandou um juiz do trabalho “catar coquinho” e se declarou “Black Ustra”, como sinal de reverência ao desprezível torturador Carlos Brilhante Ustra, adorado pelo Mandrião e sua caterva.

Enfim, um sujeito, que é negro, dizer que o Dia Nacional de Consciência Negra deve ser abolido, merece algum tipo de comentário? Sim, merece. Esse estúpido representante da soleira da porta da Casa Grande, um dia sairá da presidência dessa Fundação, e nós contaremos a história desse que tentou destruir a história dos negros do BraZil.

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