Como o PFL e o PSDB atrasam o desenvolvimento da Amazônia

Um tema até agora praticamente ignorado pela nossa academia tem sido as danosas conseqüências provocadas pelo governo do PFL/PSDB contra a Amazônia como um todo e, em particular, contra o estado do Amazonas, nos 8 anos em que

Sendo o Brasil um país de capitalismo dependente e de profundas desigualdades regionais, a figura do Estado, enquanto indutor de investimento, assume papel preponderante na busca do equacionamento dessas deformidades.

Lamentavelmente não foi isso que se assistiu nos 8 anos de governo do PFL/PSDB, tanto no plano federal quanto no estadual. Restringiram os investimentos na região, promoveram a privatização das principais empresas públicas ( Vale do Rio Doce, Bancos Estaduais, Telefonia etc) e criaram todo o tipo de dificuldade contra os organismos de desenvolvimento regional, indo da simples extinção, como ocorreu com a SUDAM, até o estrangulamento da SUFRAMA – Superintendência da Zona Franca de Manaus.

No caso mais específico do Amazonas até a água foi entregue aos franceses pelo ex-governador do PFL.

O fato mais grave, porém, foi a completa ausência de investimentos na região, especialmente em infraestrutura. Tem conotações criminosas, por exemplo, a não utilização da reserva de gás natural da região de Urucu ( Coari, Amazonas).

O estado do Amazonas possui a 2ª maior reserva de gás natural do país e embora sofra de uma crise crônica de energia elétrica, nunca lançou mão dessa espetacular reserva gasífera para solucionar a crise energética. O não aproveitamento desse potencial torna a energia do Amazonas a mais cara do país e faz com que a União gaste mais de 1,5 bilhão de reais por ano em subsídios para não tornar mais caro ainda a nossa luz elétrica.

Da parte do governo federal, que pretendia privatizar a Petrobrás, não interessava que a mesma fizesse qualquer investimento ou ação que evidenciasse ainda mais sua capacidade e eficiência. Da parte do ex-governador do PFL, que pretendia negociar a exploração da reserva com uma empresa americana falida, não convinha que a Petrobrás explorasse a reserva, mesmo que isso representasse a solução energética para o Amazonas.

E assim, fruto dessa política criminosa, durante os últimos anos o gás brota dos poços e é simplesmente rejeitado. Com a eleição de Lula a decisão política foi tomada e em alguns meses começará a construção do gasoduto que trará o gás até Manaus. E ainda tem gente com saudades “deles”.

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