Comunicação democrática

Em comentário feito na semana passada, listei uma série de êxitos do movimento sindical e inúmeras iniciativas promissoras. As listas poderiam ser ampliadas, e muito.

Mas quero me fixar no estabelecimento, pelo conjunto do movimento sindical, da plataforma comum a ser defendida na I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) a ser realizada em Brasília de 14 a 17 de dezembro próximos.

A Confecom, como já acontece com a saúde, as cidades, a educação e outros temas é a ocasião de discussões amplas sobre a comunicação social envolvendo todos os aspectos e protagonistas dessa atividade que é central para a democracia. Realiza-se paulatinamente nos municípios, nos estados e, finalmente, em Brasília com abrangência nacional.

Auxiliadas pelos esclarecimentos dos jornalistas Altamiro Borges (autor do livro, que recomendo, “A ditadura da mídia”) e João Franzin (da Agência Sindical e também autor do livro “Imprensa Sindical – Comunicação que organiza”, que tem sido, felizmente, muito difundido), as centrais sindicais decidiram defender uma agenda unitária com sete pontos.

São eles:

1. Fortalecer a rede pública de comunicação;

2. Estabelecer um novo marco regulatório para o setor;

3. Fortalecer as rádios e TVs comunitárias, e combater a repressão estatal a essas mídias;

4. Ampliar e massificar a inclusão digital, com banda larga para todos;

5. Fixar novos critérios para a publicidade oficial;

6. Elaborar novas formas de concessão pública;

7. Exercer controle social.

Ao mesmo tempo, um projeto de lei do deputado Vicentinho (PT-SP) propõe a criação de programas de rádio e TV gratuitos na televisão aberta para o movimento sindical nos moldes em que existem os programas eleitorais gratuitos partidários.
A participação efetiva na Confecom e esta proposta contemplam o empenho do movimento em meter sua colher de pau no caldeirão da comunicação.

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