Desenvolvimento & Impacto Ambiental
A revista “Princípios” dedicou toda sua edição de fevereiro de 2006 à questão ambiental. Tive a oportunidade de dar a minha modesta contribuição através do artigo “Desenvolvimento versus preservação ambiental”, no qual procuro demonstrar quem são os verda
Publicado 17/04/2007 15:22
Destaco que os Estados Unidos, como o maior poluidor do planeta, sequer aceitou assinar o protocolo de Kyoto que o obrigaria a reduzir sua emissão de GEE (gases de efeito estufa) em 7%, tendo por base a sua emissão de 1990. Ressalto, igualmente, que o Brasil não possui cota de redução de GEE, o que significa que não somos nós os poluidores como alguns “especialistas” procuram fazer crer, o que não elimina a nossa responsabilidade com um desenvolvimento em bases sustentáveis.
O Amazonas está muito a vontade nesse debate porque ostenta o menor índice (2%) de desmatamento do país. A nossa meta à frente da Secretaria de Agricultura (SEPROR), portanto, é produzir alimento suficiente para atender toda a nossa população. O objetivo é relativamente modesto, na medida em que necessitamos de apenas 0,40% de nosso território, ou 1/5 da área já desmatada.
Quando alcançarmos esta meta nós estaremos dando uma contribuição adicional à preservação ambiental, uma vez que os demais estados não necessitarão desmatar grandes áreas para atender suas necessidades e também as nossas.
A produção de alimentos é uma questão objetiva. Se não produzirmos no Amazonas ele terá que ser produzido em outro estado, carreando bilhões de reais de nossa economia e produzindo um impacto ambiental ainda maior.
Fica claro, portanto, que a eventual intocabilidade da nossa floresta não evita a emissão de gases de efeito estufa e tampouco nos priva das conseqüências do aquecimento global. Se cada um, porém, fizer a sua parte o impacto ambiental será menor.