Ditadura nunca mais hoje

É preciso que nas massas do povo as novas gerações empunhem nossas bandeiras e proclamem de modo consciente e firme: Ditadura nunca mais hoje!

Foto: Wikimedia Commons

A palavra de ordem “ditadura nunca mais!” ecoou uníssona nas muitas manifestações públicas que, nos últimos dias, marcaram os 60 anos do golpe militar de 1964.

Correto e oportuno.

Inclusive porque o risco de um governo ditatorial (não necessariamente militar, mas respaldado pelas Forças Armadas) não está de todo afastado na cena política brasileira em perspectiva.

A prolongada crise estrutural do capitalismo em escala mundial – que cada vez mais concentra a produção, a renda e a riqueza e excluiu milhões da produção e do consumo -, está na base do avanço da extrema direita mundo afora.

O sistema nada tem de substancial a oferecer às maiorias e busca obstruir o debate e a busca de alternativas.

Cá em nosso país, como bem sabemos, vencemos o pleito presidencial por estreita margem e perdemos amplamente na composição do parlamento.

Lula governa sob pressão permanente do todo poderoso mercado, reverberado pela grande mídia, numa espécie de sólido dique de contenção em defesa dos fundamentos neoliberais da economia.

A agenda da reconstrução nacional, com a qual o governo está comprometido, avança a passos nem sempre seguros, dependentes de negociação com o centro e o centro-direita.

E ainda não ocorre o apoio ativo de uma maioria dos milhões de brasileiras e brasileiros que se beneficiam ou poderão se beneficiar das a&cced il;ões do governo.

Predominou nas manifestações a propósito da ditadura militar um público de remanescentes da resistência dos anos 60 e 70 e parcelas de militantes partidários.

É preciso que nas massas do povo as novas gerações empunhem nossas bandeiras e proclamem de modo consciente e firme: Ditadura nunca mais hoje!

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