Dois “não” e  dois “sim”

A indústria anda bombando, com o aumento da produção, da capacidade instalada, das vendas e dos lucros. O setor automobilístico, nas palavras do presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos (ANFAVEA) cresceu, no primeiro semestre de 2008,

A produtividade alta – quatro vezes maior que os ganhos reais de salários – garante a possibilidade de reajustes salariais que recomponham o poder de compra dos trabalhadores com aumentos reais, sem pressão inflacionária. Isto tem acontecido. Em São Paulo, por exemplo, os trabalhadores do doce, balas e chocolate conseguiram reajuste de 9% com ganho real de 3,5%.


 



Todos queremos a continuidade do desenvolvimento econômico, com criação de empregos formais e distribuição de renda e o ataque concentrado aos focos inflacionários (alimentos) com maior oferta de produtos.


 



Portanto, nos colocamos frontalmente contra a escalada de juros do Banco Central que deu um empurrão neles de 13%. Este desatino freia a economia, a produção, o consumo e dificulta a vida de todo mundo; dos empresários porque faz arrefecer o ímpeto de investimento; dos trabalhadores porque diminui a possibilidade de ganhos salariais, de compras, de melhoria de vida.


 



As centrais sindicais unidas (a CUT não compareceu, alegando, na última hora, “problemas internos”) realizaram na quarta-feira, 23 de julho, uma concentração em frente à sede do Banco Central na avenida Paulista quando gritaram dois fortes “não” e dois fortes “sim”:


 



• não aos juros altos
• não à inflação
• sim ao desenvolvimento
• sim ao emprego e aos salários.


 



De todo modo os trabalhadores unidos não tolerarão “pagar o pato” dos descalabros do COPOM e do Banco Central.

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