E aí, vai votar em quem?

“E aí, vai votar em quem?” “Lula, é claro!” “Por quê?” “Um monte de motivos, mas tem um especial…” “Qual?” “Se não fosse ele, não teria conhecido você na Internet. Agora, deixa eu ir estudar…”

Quem não viu e ouviu a ternura deste diálogo entre um jovem e uma jovem, pela Internet, perdeu uma das imagens mais encantadoras do programa de TV de Lula no domingo, dia 22. Lindo, não é? Ah, é ridiculamente piegas? Todos os diálogos de amor são ridículos.


 


Não seriam diálogos amorosos se não fossem ridículos. Mas quem não deseja vivenciar um? Estava certo o poeta Álvaro de Campos: “As cartas de amor, se há amor,/ Têm de ser/ Ridículas/ Mas, afinal,/ Só as criaturas que nunca escreveram/ Cartas de amor/ É que são/ Ridículas”.


 


O locutor: “Inflação controlada, produtos mais baratos. Com Lula, cada vez mais brasileiros têm acesso a mais produtos, como DVD e computador…”


 


Estou viajando… Se nunca encarou um namoro virtual, talvez não consiga apreender a dimensão do deliCIOso que é. Os calafrios que dá. Jovens sabem. Pessoas enamoradas no outono da vida, idem. E por que não?


 


“Acontece que o amor nos amolece, mesmo.” Em qualquer idade. Eu sei. “De qualquer forma, balancei. Fiquei nervoso, embaraçado, embriagado e quase tostado por essa chama que me invadiu, assim tão de repente… Que lindo o despertar poético em você… É o amor brotando mais uma vez do seu coração. Sinto-me envaidecido com tudo isso… É cativante, é inexplicável o momento… É ternura, é tudo…”


 


“Você viu como fiquei inibida? Fiquei bobona só perguntando: e aí? Emoção pura, além do que fiquei imaginando você enrolado numa toalha, mas não tive coragem de verbalizar. Sim, eu senti vontade de dizer que queria tomar banho com você. Mas não disse! E também que você poderia imaginar que eu estivesse ensaboando você. Mas não disse! Bem, mas ao vivo eu não serei inibida, prometo.”


 


 “Quanto ao banho, imaginei tudo isso… e sabia que estava embaraçada. A gente fica meio que bobão. Sem saber explicar ou conversar direito. Entendo… O que é limite para você? O amor tem limites? Enfim, nunca disse que era impossível o nosso amor…”


 


Tá certo! E aí, vai votar em quem?


 


É Lula de novo: “Uma das prioridades do meu governo tem sido diminuir as desigualdades sociais. E reduzir as desigualdades não é só cuidar dos mais pobres, é também ampliar e fortalecer a classe média… Uma coisa está ligada à outra… Por exemplo, a estabilidade da economia, os programas sociais e a melhora do salário mínimo fizeram com que 7 milhões de brasileiros deixassem a pobreza. Isso ampliou a nossa classe média… Não canso de repetir que o meu sonho é ajudar a transformar o Brasil no país mais democrático do mundo no acesso à universidade. Entre outras coisas, vamos implantar extensões universitárias, além de escolas técnicas, em todas as cidades pólos do país e ampliar as bolsas do ProUni”.


 


É poderosa a fala, com voz embargada, de uma mãe:


 


“Meu filho estuda no ProUni. Ganhou a bolsa integral pelo Lula. Quem foi que fez isso? Ninguém. Nunca fizeram isso. Meu filho hoje em dia é universitário”… Perdão! Critiquei tanto o ProUni…


 


Roberto Mangabeira Unger, filósofo e cientista político brasileiro, professor da Universidade de Harvard: “Critiquei o governo Lula. Estou entre os que queriam mais (eu também, professor! E um monte de gente…). Hoje, sei que a reeleição de Lula é passo indispensável… Os que governavam o país antes querem voltar para colocar o Brasil e o povo brasileiro novamente de joelhos. Reeleger Lula significa prosseguir em outro caminho… construir o desenvolvimento, democratizando as oportunidades de ensino e de trabalho. Com esse projeto libertador, o Brasil se levantará”.


 


E aí, vai votar em quem?

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