Limitações teóricas

Graças à pluralidade própria deste tipo de espaço, aqui se expressam articulistas de distintas formações e visão política. O senso crítico de cada um define o critério de utilização do mesmo. De minha parte tento usá-lo para tratar de assuntos de interess

Esquerda e direita são posicionamentos ideológicos antagônicos em torno de idéias. A esquerda luta por soberania nacional, desenvolvimento sustentado, ampliação de direitos sociais e trabalhistas e defesa de um estado indutor da economia, especialmente em países em desenvolvimento. A direita se opõe a tudo isso. Ridiculariza conceitos como soberania nacional e sustentabilidade, defende abertamente a supressão de direitos sociais e trabalhistas e advoga o chamado “estado mínimo”.



 


Oposição e situação expressam um mero posicionamento político em torno de um governo. Quem ganha o poder político governa, logo é situação. Quem perde deve fazer oposição, cujo conteúdo pode ser de esquerda ou de direita.


 



Como a direita governou praticamente nos últimos 500 anos, se cristalizou a idéia de que “situação” é direita e “oposição” é esquerda. Nada mais falso. Nós fizemos historicamente uma oposição pela esquerda. Hoje, quando as forças de centro-esquerda estão governando quem lhes faz oposição é a direita, liderada pelo PFL. Sem “cacoete” e, principalmente, condições morais para fazer críticas, ela recorre a setores de esquerda, ideologicamente confusos, para fazer o seu papel e tentar reconquistar o poder político.



 


O sucesso ou insucesso da esquerda dificulta ou facilita o retorno da direita ao poder político. Esse é o debate contemporâneo, sobre o qual nenhum ativista que se reivindique de esquerda  pode alegar ignorância.

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