Metalúrgicos de São Paulo: unidade e força

Para a luta dos trabalhadores, que é permanente e cheia de dificuldades, as boas notícias têm que ser valorizadas; os exércitos aprendem nas vitórias.

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, presidido por Miguel Torres, reuniu-se durante três dias para balancear a primeira etapa da luta contra a crise e seus efeitos perversos que se manifestaram no setor antes mesmo da assinatura da última convenção coletiva em novembro do ano passado.


 


 


Foram tomadas e implementadas duas decisões estratégicas para o enfrentamento da crise e a manutenção de empregos:


 


 


1-A decisão de negociar centralizadamente com as empresas dentro dos marcos legais, estancando as demissões pretendidas e obtendo as melhores condições possíveis na conjuntura.


2-A criação de um verdadeiro protocolo de ação, ordenando no tempo os passos a serem dados, e as características requeridas para os acordos.


A direção centralizada revelou-se positiva já que a presidência pôde se apoiar nas experiências do presidente da Força Sindical, Paulinho, dos diretores de setores, da executiva, dos assessores da diretoria e de um corpo técnico de alto nível que contava com o apoio do Dieese, de seus técnicos e de advogados experientes.


O protocolo foi estabelecido baseado na vontade manifesta dos trabalhadores e formalizado em cinco pontos:


1-Somente negociar onde as empresas efetivamente apresentassem os números e os fatos que justificassem uma eventual redução condicional de jornada e de salários;


2-Não negociar nada que fugisse do escopo principal da negociação, não abrindo portanto brecha para qualquer agressão à convenção coletiva;


3-A redução de salários deveria ser proporcionalmente menor que a redução de jornada;


4-Obter a garantia de emprego durante o dobro da vigência da redução;


5-Implicitamente, reconhecer a necessidade de ressarcimento posterior aos trabalhadores quando houvesse a recuperação.


Esse protocolo, com exigências que ultrapassam a legislação e a melhoram no interesse dos trabalhadores, foi considerado muito superior ao próprio protocolo adotado pela Procuradoria do Trabalho no Estado e foi seguido à risca.


Como resultados desta primeira fase do embate, foram feitos 24 acordos aprovados unanimemente por 16.800 trabalhadores em assembléias documentadas pelo sindicato e por toda a mídia.


O balanço que a diretoria fez foi altamente positivo, a sensação foi de tarefa cumprida, e a unidade manifestada garante êxitos no enfrentamento das dificuldades que sempre continuam existindo, sob o comando forte e com a habilidade e competência do presidente Miguel Torres.

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