“Nas neblinas de Siruiz”

Foi calorosa a recepção ao meu artigo “Quem desconfia, fica sábio…” Ainda estou a matutar sobre as indagações relativas às incógnitas das “neblinas de Siruiz”, centradas na afirmativa de que as mulheres em luta são por definição “mulheres rosianas”: rec

“Siruiz é um jagunço-poeta. A canção de Siruiz é uma toada bela, porém muito estranha, que Riobaldo ouviu, antes de fugir da fazenda do padrinho (na verdade: seu pai), quando alguém falou: “Siruiz, cadê a moça virgem?” Se “alembra” que ele respondeu entoando uma balada?


 



Era a canção de Siruiz ? poema épico lírico sobre um encontro inevitável e fatal ? que emocionou Riobaldo (“Aquilo molhou minha idéia”) e virou um símbolo de criação poética: “O que eu guardo no giro da memória é aquela madrugada dobrada inteira: os cavaleiros no sombrio amontoados, feito bichos e árvores, o pisar dos cavalos e a canção de Siruiz. Algum significado isto tem?” (…)


 


 


 


A canção de Siruiz é uma preofecia da sina de Riobaldo. A melodia original se perdeu. Temos a composição de Luiz Henrique Xavier de uma “canção boiadeira”, adaptada por Antônio Candido(…)


 


 



Não ria certas risadas. Não é nonada! ? “insignificante”, “ninharia”. Falando sério, um tema envolto pelas neblinas de Siruiz é o aborto, como bem sabem Ednalva Bezerra de Lima, a CUT e o PT.


 


 



Em deferência à presença de Ednalva nas pelejas das “neblinas de Siruiz”, compartilho hoje o eixo da “Carta do Rio de Janeiro pelos direitos sexuais e reprodutivos: pela eqüidade de gênero e em defesa do Estado laico”, disponível para assinaturas em www.petitiononline.com/cartario/ Clique: “Sign the Petition” (…)


 


 


 


Os princípios constitucionais da autonomia, da dignidade humana e da liberdade de pensamento só serão integralmente respeitados se o reconhecimento do direito ao aborto estiver assegurado. Presidente, “o senhor tolere, isto é o sertão”..

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