No Novembro Azul drible o seu preconceito

Depois do Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, agora é a vez dos homens driblarem o preconceito e se prevenir contra o câncer.

Novembro é o mês mundial de combate ao câncer de próstata. No Brasil, a campanha foi lançada, oficialmente, no último domingo (1º), durante o 35º Congresso Brasileiro de Urologia, no Rio de Janeiro. O câncer de próstata, no começo, não causa sintomas é uma doença de evolução lenta e silenciosa.

De acordo com informações da Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o foco da campanha é conscientizar e romper com os preconceitos. Porém, pesquisa da SBU aponta que a falta de informação associada ao preconceito afasta os homens dos consultórios, cerca de 80% dos homens não vão ao médico por preconceito. Aa prevenção é fundamental para aqueles que já passaram dos 50 anos, sobretudo homens que tenham em seu histórico familiar casos de câncer e os afrodescendentes.

Pesquisa da SBU, que entrevistou cinco mil homens em 2013, revelou que 47% dos entrevistados nunca realizaram exames para detectar o câncer de próstata, 44% jamais se consultaram com o urologista e 51% nunca fizeram exames para aferir os níveis de testosterona (hormônio masculino) no sangue.

O câncer de próstata é o sexto tipo mais comum de câncer e o segundo tipo mais frequente entre homens, atrás somente do câncer de pele. Ele representa em torno de 10% do total de casos da doença. Cerca de 70% dos cânceres de próstata são diagnosticados em homens com mais de 65 anos.
O Ministério da Saúde indica que, por ano, são feitos no Brasil cerca de 69 mil diagnósticos desse tipo de tumor, esses valores correspondem a um risco estimado de 70,42 casos novos a cada 100 mil homens. Somente em 2010, mais de 12,7 mil homens morreram vítimas desse mal.

O diagnóstico precoce é o grande trunfo no combate ao câncer de próstata, pois em estágio inicial a chance de cura é de 90%. Esse diagnóstico é feito através da dosagem sanguínea de uma proteína chamada PSA e do toque retal. Esses exames são complementares, e a realização de um não exclui o outro.

E é exatamente nesse momento que esbarramos no preconceito. Que o azul deste novembro ilumine as atitudes e as consciências. Precisamos deixar de lado a displicência pelos cuidados com a saúde, e mais, precisamos superar os preconceitos que embotam a tomada de consciência sobre as possibilidades e emperra nossa atuação enquanto cidadão e cidadã.

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