No Sertão

Onde o povo vive uma pobreza dolorosa aos olhos de quem convive aqui. Mesmo sabendo que o que podemos fazer é muito pouco, mais é como se diz, fazemos nossa parte!

De um lado, uma força na cultura vale mais do que qualquer tesouro. Mais do outro um povo que vive ainda hoje esquecido no tempo, cidades que não evoluíram, e que os governantes não as deixam evoluir de forma alguma.

Foi andando pelas veredas desse sertão que senti minha carne tremer diante de tanta injustiça. A cada casa uma história, e o que nos incomoda mais é saber que de um outro lado, aqui mesmo nesse lugar seco, existem uma panela de safados. Construindo casas enormes, comprando apartamentos no litoral, tudo as custas do massacre de um povo trabalhador. Que precisa simplesmente de uma oportunidade, de um programa de conscientização para adequar suas formas de trabalho ao nosso clima, à nossa realidade.

Acima de nós o sol ardente, aqui em baixo o solo rachado e seco, e em cada casa de taipa, uma família que acredita em um sonho, e uma família que tem amor pelo lugar que nasceu e que nasceram seus antepassados, e é aqui, no meio desse serão que nos organizamos a cada dia, e de forma lenta e estratégica.

Vamos nos preparando para nossa revolução…