Nós estamos atrasados

Sem meio ambiente, sem oxigeno, sem água, os rappers não vão ter um mundo para criticar!


 



Isto mesmo, hoje os rappers centram muito as suas músicas em cima de problemas e injustiças sociais, mas o tema sobre o meio ambiente ai

Outros movimentos musicais juvenis têm bastantes trabalho sobre este assunto, o Bonno Vox do U2, o próprio Sting, foram pessoas que alinharam a esta bandeira. Em 2002 foi feito um mega rave em plena selva amazônica, chamada de Ecosystem que tinha os melhores Dj´s do mundo da música eletrônica, lá a temática foi meio ambiente.


 



Os rappers americanos ficam falando de “putas”, carrões, armas, champanhe e o tanto que eles são bons. Os brasileiros, só cantam que “aqui é favela”, que “a policia é aquilo”, ou usam uma base pra contar uma historinha triste com final infeliz. Pouco se fala de um dos maiores problemas que a humanidade está passando, e lembrando que pelos estudos da ONU, quanto mais pobre o país, mais ele estará sujeito às conseqüências do aquecimento global.


 



Na reunião de fevereiro de 2007 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), 500 especialistas do grupo, criado em 1988 pela ONU e a Organização Meteorológica Mundial com o objetivo de servir de mediador entre os cientistas e os governantes, concluíram depois de dois anos de estudo, um relatório final com cenários preocupantes sobre o futuro que aguarda nosso planeta, caso não sejam adotadas as medidas adequadas.


 



De acordo com os especialistas do IPCC, o aquecimento do planeta se deve, com 90% de probabilidade, às emissões de dióxido de carbono provocadas pela mão do homem.


 



A temperatura média do planeta subirá de 1,8 a 4 graus até 2100, provocando um aumento do nível dos oceanos de 18 a 59 cm, inundações e ondas de calor mais freqüentes, além de ciclones mais violentos durante mais de um milênio.


 



Este desajuste modificará totalmente as condições climáticas: provocará ondas de forte calor, as inundações serão cada vez mais freqüentes os ciclones tropicais, tufões e furacões provavelmente serão mais intensos, os recursos de água potável diminuirão e a elevação do nível do mar pode provocar o desaparecimento de algumas ilhas e superfícies férteis.


 



Estas transformações obrigarão dezenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas e o número de refugiados do clima será superior ao de refugiados de guerra, alertam alguns especialistas. E o estudo aponta ainda, que países em desenvolvimento, sobretudo os africanos e latinos americanos estão mais sujeitos aos efeitos do aquecimento global.


 



 Recentemente eles se reuniram novamente, e as conclusões foram ainda mais sombrias sobre o futuro da humanidade, e lembrando que está questão não tem fundo de regime econômico, lembrando que o capitalista Estados Unidos da América é o maior poluidor do mundo, sendo seguido pela China socialista. Isto tem mais a ver com consumo e crescimento econômico desenfreado á qualquer custo, sem planejamento.


Nos anos 90, os movimentos juvenis, que não eram ligadas ao meio ambiente tinham muito preconceito em cima das Ongs ambientalistas, dizendo que eles queriam salvar as baleias e o mico-leão dourado, mas se esqueciam de salvar os humanos. Hoje salvar os humanos é se preocupar com meio ambiente, a mentalidade dos movimentos mudaram.



Se em outros tempos os grandes eventos musicais eram feitos para chamar a atenção em relação á fome na África, a Aids ou sobre a dívida de países pobres com o FMI, a pauta agora é meio ambiente, tanto que está sendo organizado para o segundo semestre deste ano o Live Earth (Terra Viva), que contará com a nata da música pop mundial: Black Eyed Peas, Madonna, Red Hot Chili Peppers, Duran, etc. Este evento ocorrerá simultaneamente em 12 cidades pelo mundo, no Brasil, será no Rio de Janeiro. Outro grande evento que promete muito também é o próximo Fórum Social Mundial, onde está sendo sugerido desta vez a Amazônia como sede do evento, derivado da importância do meio ambiente que começa a fazer parte da preocupação da esquerda mundial e dos movimentos sociais.


 



Mas na nossa área especifica que é hip-hop, vem aí a Eco Hip-Hop, um encontro caráter internacional que reunirá representantes do movimento dos quatro cantos do planeta para debater aquecimento global, usando ainda esporte e cultura como aglutinador de juventudes. Este evento que acontecerá em Campinas no mês de setembro, e já é possível se cadastrar pela internet (Clicando aqui).


 



Então membros do movimento hip-hop, vamos se informar, ler, debater, mudar nossos pequenos hábitos, etc. Não queremos que daqui a 40 anos nossos filhos e netos, olhem para trás e nos culpem pelo péssimo mundo que deixamos para eles.

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