Novas Veredas
Mesmo os que gostariam, não podem negar que existem atualmente no Brasil dois campos opostos, distintos, na economia, área social, relações exteriores, soberania nacional, etc.
Publicado 27/10/2007 20:18
O que não significa caminhos absolutamente antagônicos ou mesmo de ruptura com o passado neoliberal bastante recente. Porque o peso do grande capital financeiro nos rumos da economia é extremamente preponderante, refletindo na correlação das forças políticas do país.
Os principais segmentos vitoriosos desde 2002, estão convencidos, principalmente na área monetária, de que os caminhos macroeconômicos não devam ou possam sofrer alterações substanciais. O que, seguramente, modificaria a histórica concentração da renda e da riqueza no país.
Possibilitando, dessa maneira, o crescimento do mercado interno em escalas mais conseqüentes, gerando uma oferta de emprego e desconcentração da economia, um salto bem mais ousado ao futuro, sem voluntarismo ou esquerdismo infantil. Porque isso seria tudo o que os conservadores desejariam.
Foi conquistado um equilíbrio nas contas e reservas internas, o que não deixa de ser uma vitória, estabilizada a inflação em patamares baixos, graças à persistência de uma determinada estratégia planejada.
Os excedentes, ponderáveis, criaram programas importantes voltados para as grandes massas deserdadas, possibilitando massivo apoio popular nas recentes eleições presidenciais.
Mas tem sido uma política baseada na atração de capital externo de curto prazo, com altas taxas de juros, mesmo que apresentando algum declínio nos últimos tempos, em que pese uma tendência à moderação em função da atual turbulência internacional.
Já o agro-negócio, tem sido responsável por excelentes taxas de exportações e divisas. O que nos falta é uma nova etapa com programas estruturais de longo prazo, incentivos ao campo industrial interno.
Aos municípios e Estados regionais, apoio em seus programas de desenvolvimento econômico e social. Inclusão dos setores médios, estancados, no atual modelo desenvolvimento.
Taxar os lucros exorbitantes do capital rentista. Incorporar mais base social em apoio a um rumo mais conseqüente. Um novo momento histórico.
As possibilidades já estão para lá de maduras. Exigem uma estratégia política, em transição a um sistema social e democrático mais avançado.