O Chilique do Mandrião

O Presidente da República oscila entre o mau-caratismo e o delírio, um desequilibrado que soltou as rédeas da nação, que mergulha ladeira abaixo

O Presidente da República age constantemente com desequilíbrio, atacando a imprensa em diversas oportunidades I Ilustração: Duke

Temos um Presidente da República que oscila entre o mau-caratismo e o delírio, entremeados por chiliques e surtos, alguns deles ameaçadores, ou seja, um desqualificado e desequilibrado que soltou as rédeas da nação e essa mergulha ladeira abaixo, despejando cadáveres por todos os lados, e já são mais de 500 mil!

Na realidade, se olharmos com mais atenção essa tragédia brasileira, veremos que, além das 500 mil pessoas que tombaram por inação e sabotagem do governo no combate a pandemia, existem milhares de mortes que estão na conta do quase colapso do sistema de saúde pública, que tem de responder à pandemia e as demais doenças e acidentes que ocorrem país afora. Some-se os milhões de sequelados, com variados graus de comprometimento da saúde, muitos com sequelas permanentes, e teremos um cenário sombrio do presente e do futuro.

Chegamos ao ponto em ter de ver o deputado federal Omar Terra (MDB-RS) ir à CPI da COVID e com a maior cara de pau, dizer que tudo que ele disse, e fez, foi apenas e tão somente uma reles “opinião pessoal”, baseada no “otimismo”, embora não teve nenhuma desfaçatez em reafirmar suas crendices anticientíficas, já sabidas por todos, até porque o sinistro deputado nunca escondeu isso. Pela ótica do deputado gaúcho, nunca houve um gabinete paralelo, nunca teve nada organizado para assessorar o ocupante do Planalto com as políticas sabotadoras da pandemia e nunca houve reunião nenhuma, ou seja, ou o deputado acha que o brasileiro é um completo idiota ou ele riu na cara da sociedade, mentindo deslavadamente, o que parece ser o mais indicado.

Omar Terra talvez seja, no momento, o exemplo mais acabado do “fenômeno Bolsonaro”, que parece começar a adquirir contornos mais nítidos, aproximando-se do nazismo hitleriano, versão século XXI, e basta ver as proximidades dos “estilos” do patético capitão e do pequeno cabo austríaco, uma máquina alimentada de ódio e recalques que, no poder supremo, implementou um regime que levou o mundo a uma catástrofe.

Sustentado, no parlamento, pelo presidente da Câmara de Deputados, Artur Lira que se soma aos que colocam as sandices do presidente no “jeitão dele”, e que já avisou que, com ele, muito dificilmente nenhum dos mais de cem pedidos de impeachment sairão da gaveta, que deve estar abarrotado, Bolsonaro navega em águas turbulentas, como ele gosta, e como está acossado pela CPI e pelas manifestações, faz o que sempre fez, cria fatos para que a sociedade se concentre nas manifestações da sua ignorância do que no descalabro do seu governo, que mata e empobrece o país.

As torpes tentativas de operadores do Judiciário e alguns “guardas da esquina”, de impedir que as pessoas se refiram ao genocida de genocida fracassaram rotundamente e o crescimento do descontentamento da população, que está sem eira nem beira, jogado ao desemprego e sem perspectivas de futuro, começa a cimentar, ainda de forma muito fluída, uma oposição definitiva a este elemento, buscando forçar sua saída e jogá-lo no esgoto da história, mas enquanto isso ocorre milhares de brasileiros ainda irão, infelizmente, morrer.

Estamos em junho de 2021 e se nada for mudado e o Mandrião permanecer até lá na presidência, teremos um grande cemitério chamado Brasil, cujos fantasmas irão assombrar a sociedade.

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