Os fatores da vitória

Nos três últimos meses, quando já estava ficando claro que podíamos vencer a crise com a participação decisiva do movimento sindical, os trabalhadores e suas organizações mais importantes realizaram seus congressos, de categorias ou de centrais, embora não tenham tido a cobertura necessária da grande imprensa.

Essa movimentação, espontânea e desconhecida pela sociedade, confirmou a percepção de protagonismo, a valorização da unidade, e a importância do “balanço e perspectiva” para continuidade das lutas e fortalecimento das campanhas salariais. É nessa conjuntura e nessa movimentação que deve ser valorizado o enorme alcance da realização do 7º Conse, congresso estatutário da Federação Nacional dos Engenheiros na penúltima semana de setembro.

Concebido de acordo com as experiências anteriores o 7º Conse deveu a três ordens de fatores o seu grande êxito. Em primeiro lugar, baseou-se na revisão e atualização do projeto “Cresce Brasil+Engenharia+Desenvolvimento” adaptando-o às novas situações decorrentes da crise, de sua superação e dos problemas novos surgidos a serem enfrentados. Com os materiais elaborados e discutidos chegou-se a produzir a “Carta dos Engenheiros” que passará a ser o guia para as iniciativas do movimento, desde já e em 2010, ano eleitoral.

Em segundo lugar, contou com a participação de especialistas, dirigentes e políticos que produziram – nos textos e nas palestras – um condensado de informações, teses, propostas, sugestões e encaminhamentos que impressionam. Dificilmente um congresso de trabalhadores qualificados pode contar com contribuições tão relevantes.

E, em terceiro lugar, mas com importância primordial o 7º Conse agrupou uma massa considerável de delegados e ativistas participantes capaz de irradiar entre os engenheiros, no movimento sindical, na sociedade e no mundo político as idéias fortes e unitárias que foram aprovados no congresso.

Durante sua realização foi comemorado de maneira emocionante o 75º aniversários do SEESP, anfitrião do evento e realizadas as eleições que consagram a direção unitária dos engenheiros, a FNE, presidida pelo grande organizador do 7º Conse, Murilo Celso.

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