Sanguessugas & Impunidade.

O Estado preconizado por Montesquieu é constituído pelo legislativo, executivo e judiciário. O Ministério Público e os Tribunais de Contas são órgãos auxiliares do executivo e do legislativo.

Em Rondônia, estão presos os presidentes do Tribunal de Justiça, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas, o chefe do Ministério Público e o vice-governador.


 



No Paraná, policiais são flagrados roubando a quem deveriam proteger.
Empresários ladrões saquearam a Varig, deixando milhares de trabalhadores sem emprego, usuários em pânico e o poder público com um problema a mais para resolver.


 



Em Brasília, 112 “sanguessugas” estão sendo investigados por terem dilapidado o dinheiro do contribuinte comprando ambulâncias superfaturadas. Foram delatados pelo empresário que organizou a patifaria, em troca da chamada “delação premiada”.


 



O que leva tanta gente, de distintas camadas sociais, a essa prática criminosa?


 



A resposta é complexa, mas há uma causa evidente: o sentimento da impunidade.


 



Provavelmente, os policiais serão expulsos da corporação. Mas os empresários ladrões já fugiram para algum paraíso fiscal. E como punir os criminosos de Rondônia se o “Estado” está preso?


 



No caso dos “sanguessugas”, eles estão distribuídos no PTB (22), PL (22), PP (20), PMDB (15), PFL (10), PSB (6), PSDB (6), PSL (3), PPS (2), PRB (2), PSC (2) e PT (2). Há provas contundentes contra mais de 70!
Como cassá-los se eles representam quase um quinto do Congresso? Pela via judicial alguns morrerão sem julgamento. Que fazer?


 



Os partidos, se quisessem, poderiam ajudar nesta “faxina ética” expulsando os “sanguessugas” de suas fileiras. Eles não poderiam concorrer nestas eleições e, na prática, estariam “cassados” pelos próximos quatro anos. Seria o primeiro passo.


 



Cabe a esses partidos, portanto, demonstrarem se querem moralizar o congresso ou apenas fazer demagogia eleitoreira.

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