Terceiro mandato

O fantasma do “terceiro mandato” que foi evocado para fins materiais bem diversionistas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (logo ele, beneficiário da emenda constitucional do segundo mandato consecutivo) tem sido, felizmente, exorcizado.

Os exorcistas são o presidente Lula, o deputado Genoino, dirigentes políticos e analistas de peso, juízes e o senso comum, todos concordes com a inoportunidade e o efeito desagregador antidemocrático de tal pretensão.


 



Congressos sindicais têm se manifestado abertamente contra a idéia, eliminando qualquer possibilidade de “queremismo”.


 


Recentemente, confrontados de maneira artificial, apressada e maliciosa com a proposta, os metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, em seu grandioso 11º Congresso aprovaram, por unanimidade, a seguinte moção que transcrevo na íntegra:
“Os trabalhadores querem participar ativamente e qualificadamente do debate e das articulações visando a eleição de 2010, pois sabemos que nela estará em jogo a continuidade e a ampliação das políticas sociais e de combate à pobreza, como a política de valorização do salário mínimo e a manutenção do ambiente político que possibilitou a conquista de aumentos reais de salário, as políticas de enfrentamento da crise como a redução do IPI e os espaços democráticos conquistados pelos trabalhadores nas suas relações com os governos em todos os níveis da administração.


 


Para tanto, consideramos que se for válido constitucionalmente, se for viável politicamente e se for aceito pelo presidente Lula, os metalúrgicos de São Paulo apoiariam a renovação de seu mandato por mais um período.


 


Entretanto,  mantida a atual regra de alternância de governo, para garantir os avanços e conquistas sociais e democráticas, apoiaremos o candidato que representa esse programa e que se comprometa em realizar uma gestão voltada à ampliar as conquistas e direitos dos trabalhadores.”

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