Um elogio

O artigo é um ataque corajoso, coerente e oportuno aos abusivos “spreads” bancários cobrados no Brasil que, segundo reportagem do mesmo jornal, no domingo, 1º de fevereiro, chegam a ser 11 vezes maiores que os praticados nos países desenvolvidos.

O artigo é corajoso porque afirma as posições contra a bancolândia de um homem público diretamente envolvido na administração e com responsabilidades no enfrentamento da crise para garantir o desenvolvimento e a manutenção de empregos.

O artigo é coerente porque, reafirmando posições anteriores já assumidas pelo autor, confirma suas análises a respeito da crise e como enfrentá-la. Sugiro que se leia o texto da palestra que o secretário, como convidado, pronunciou em 28 de novembro do ano passado no seminário de lançamento da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados) em São Paulo. Este texto pode ser obtido através do endereço eletrônico www.cntu.org.br

E, finalmente, o artigo é oportuno porque faz eco ao Manifesto Contra a Crise, de 26 de janeiro de 2009, assinado por cinco centrais sindicais (CGTB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT) e três federações empresariais do estado de São Paulo (Faesp, Fecomércio e Fiesp) onde se reivindica a queda da taxa básica de juros, a redução dos “spreads” bancários, a ampliação do número de participantes do Conselho Monetário Nacional e a realização das reuniões do Copom a cada 15 dias enquanto durar a crise www.fsindical.org.br

Em tempo: o neologismo “spread” já se registra no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa; ao invés de sua tradução do inglês como “expansão”, “intervalo” ou “qualquer coisa que se pode passar no pão (manteiga, geléia, etc)” eu sugiro que o traduzamos por “abuso” ou “manta” (na acepção 7 da palavra no mesmo Houaiss).