A poeta como ser maldito e libertário. Ingrid Jonker (Carice van Houten) sintetiza a um só tempo a mulher rompendo as amarras na África do Sul dos anos 60 e a poeta em conflito consigo mesma. Numa das emblemáticas sequências deste “Borboletas Negras”, a diretora holandesa Paula Van Der Oest, em precisos e belos movimentos câmera no pequeno espaço de seu quarto, coloca-a numa espécie de transe criativo. Ela lança sobre a parede estrofes que a decoram, como tatuagens na argamassa coberta de tinta.
Nos filmes do diretor finlandês Aki Kaurismäki (“Homem Sem Passado”) a vida corre devagar, como se nada fosse acontecer. Esta aparente lentidão esconde, na verdade, a tipificação do ambiente onde se deslocam os personagens. Em sua maioria, proletários entregues à própria sorte. Não é diferente neste “O Porto”.
As neves simplesmente derretem neste filme do diretor franco-armênio Robert Guédiguian. O que era para ser uma agradável viagem ao monte Kilimanjaro, na Tanzânia, acaba se tornando uma condenação ao passado do líder sindical Michel (Jean-Pierre Darroussin). Demitido da empresa de pesca onde trabalhava e era diretor do sindicato dos pescadores, ele volta para casa, onde passa a curtir os netos e a companheira Marie-Claire (Ariane Ascaride).
Diretor paulistano Cao Hamburger ao traçar a saga dos Irmãos Villas Bôas no centro-oeste acaba mostrando a expansão da fronteira agrícola do país e a ocupação das terras por latifundiários e mineradoras
Filme do diretor canadense David Cronenberg trata da estruturação da psicanálise e do choque entre dois de seus criadores: Freud e Jung.
Em comédia/dramática, diretor italiano Nanni Moretti mexe no delicado tema do afastamento da Igreja Católica da realidade cotidiana e suas implicações num mundo em transição
Cinebiografia de Heleno de Freitas opta por mostrar o homem e suas contradições ao invés de glorificar o craque de futebol dos anos 40.
Diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn retrabalha estereótipos hollywoodianos em filme sobre acertos de contas no submundo do crime
Em filme que homenageia sua compatriota, a bailarina e coreógrafa Pina Bausch, diretor alemão Wim Wenders retoma temas de sua obra
A solidão como conquista, a perda da afetividade e o sentido da família são discutidos pelo diretor afrobritânico Steve McQuen em seu filme
Diretor estadunidense Alexandre Payne trata das relações conflituosas de casal burguês e discute miscigenação e comportamento da juventude atual
Nesta homenagem a um dos inventores do cinema, o francês Georges Méliès, o diretor estadunidense Martin Scorsese não se afasta de seus temas costumeiros: perda da inocência, solidão e crença