“O Tratamento Fora de Domicílio (TFD) é um direito do usuário do SUS. Instituído pela Portaria 55 da Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, é um instrumento legal que visa garantir, por meio do SUS, tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem por falta de condições técnicas.
Para a bioética, a ética da vida, nenhum governo “gasta” com a saúde, seja em prevenção ou na assistência a doenças. Em ambas, realiza investimento – parâmetro ético na atenção à saúde.
No dia 10 de maio enterrei meu irmão de alma e compadre Djalma Tenório Britto Filho, um procurador/artista de muitos dons – o seu Di, Didico, tio Didi e o vovô “Fidalma”, com quem minha neta Clarinha teve o privilégio de conviver.
Decidi compartilhar trechos do artigo “EUA: as ilusões do ‘Poder Negro’”, de Keeanga-Yamahtta Taylor, especialista em estudos afro-americanos, da Princeton University (Nova Jersey, EUA), que li no blog Outras Palavras (7.5.2015).
Abril passado sinaliza perdas de direitos arduamente conquistados no Brasil. A impressão é que uma trupe da maldade, da qual o povo é refém, se aboletou na Câmara dos Deputados e de lá toca terror.
A CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobres, em 9 de abril passado, recebeu o coordenador do estudo Mapa da Violência, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, que disse: “Homicídios são a principal causa da morte de jovens negros no Brasil”. E acrescentou: “Das 56.337 vítimas de homicídio no país em 2012, 30.072 eram jovens de 15 a 29 anos; desse total, 23.160 (77%) eram negros; 93,3%, homens residentes nas periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos”.
“Não nos enganemos, a luta de classes não acabou, e, para o patronato, paz social é um discurso que carece de recheio humanitário” – frase final do meu artigo “Dia Mundial do Trabalho”, escrito em 2007, do qual compartilho trechos:
Depois que a porta de um avião é fechada e ele decola, a vida dos passageiros está sob responsabilidade total do piloto. Sempre foi assim, mas parece que só após o acidente fatal, nos Alpes franceses, do voo 4U 9525 da companhia Germanwings, de propriedade da Lufthansa, em 24 de março último, o mundo reavivou na memória tal realidade.
É preciso aprender a extrair lições das tragédias. É o caso do desastre do avião da Germanwings, cuja dona é a Lufthansa, ocorrido no último 24 de março, no voo 4U 9525, de Barcelona, na Espanha, a Düsseldorf, na Alemanha, que se chocou com os Alpes franceses, com 150 pessoas a bordo. Não houve sobreviventes.
Gosto de ouvir testamento de Judas, cultura popular que está acabando. De um lado, há quem considere malhar o Judas uma violência; de outro, era uma cultura forte e presente nos meios populares, em especial nas regiões metropolitanas, onde hoje um número expressivo de pessoas virou evangélico, e as expressões culturais do catolicismo popular vão minguando.
Há um ditado popular nordestino que diz: “Mandacaru não dá encosto nem sombra”, já que no lugar de folhas possui espinhos, muito usado para tipificar alguém que não é solidário: “Fulano é igual a mandacaru”. “Mandacaru” (Cereus jamacaru), palavra de origem tupi que significa “árvore ou fruta de espinheiro que se come”, é também chamado de “cacto candelabro”, “cardeiro”, “cardeiro-rajado”, “cardo”, “jamacaru”, “jumacuru”, “mandacaru-de-boi”, “mandacaru-de-feixo”, Pytaia arbóreae e “tuna”.
No Maranhão, aprecio a comida do litoral e a do sertão, nas versões “pobre de marré deci” e “fidalga”. Já escrevi que “Em Beagá, fui tomada de paixão irrefreável pelos pratos da culinária mineira roceira, chamados ‘comida de pobre’, como bambá de couve, canjiquinha com costelinha de porco e frango caipira com ora-pro-nóbis”.