Três semanas nos separam do dia 14 de junho data prevista para a greve geral contra a deforma da Previdência e o fim das aposentadorias.
Há muita confusão no ar e é por isto que se deve manter a cabeça fria e a vontade firme.
Um tsunami cívico nacional em defesa da Educação tomou conta das ruas do Brasil surpreendendo o presidente da República que havia profetizado também um tsunami, mas não o que aconteceu e cujos milhões de participantes foram por ele insultados como “idiotas úteis que não sabem quanto é 7 x 8, nem a fórmula da água”.
Não me impressionaram as palavras do presidente Bolsonaro anunciando para esta semana um tsunami. Menos que um alerta, soaram como uma nova tentativa de turvar as águas.
Com a economia travada esperando que se lhe dê o nome de recessão e com o colchão social esgarçado as investidas do governo têm provocado um começo de resistência dos agredidos cada qual a seu modo e com suas motivações.
O sucesso é estimulante, mas não deve subir à cabeça. Cria as melhores condições para a continuidade da luta, mas exige criteriosa análise que corrija os erros e supere as fragilidades.
Para quem tem a pretensão de compreender o movimento sindical e de informar sobre ele fica muito difícil falar sobre o futuro, ainda que seja o amanhã e não incorrer no voluntarismo mais chão.
Nas comemorações do 1º de maio três temas devem ser tratados como prioridades, quase exclusivos.
Ainda há tempo (mais que uma semana) para nos empenharmos na coleta de assinaturas nos locais de trabalho do abaixo-assinado contra a deforma da Previdência. Centenas de milhares de assinaturas, de trabalhadores e trabalhadoras, serão a grande demonstração do primeiro de 1º de maio unificado que as centrais sindicais vão realizar.
À margem do puramente espetaculoso, quatro assuntos graves devem ocupar nossa atenção e orientar nossas ações. Os três primeiros são expressões diretas da luta de classes e o quarto é institucional, mas nem por isso menos grave.
Insisto. É preciso que as direções sindicais levem para suas bases o abaixo-assinado unitário contra a deforma da previdência.
Tomada a decisão histórica de realizarmos o 1º de maio unificado, as quase três semanas que nos separam desta data devem ser exaustivamente aproveitadas para levarmos o abaixo assinado unitário contra a deforma previdenciária aos locais de trabalho e garantirmos milhões de assinaturas.