O modelo sindical adotado no Brasil desde a década dos anos 40 do século passado que se consolidou em duas constituições democráticas e atravessou a própria ditadura militar garantiu a existência de um dos mais fortes movimentos sindicais do mundo.
É claro que o movimento sindical precisa continuar resistindo para garantir sua sobrevivência enfrentando as adversidades. As entidades sindicais (principalmente os sindicatos) devem realizar fortes campanhas de ressindicalização e oferecerem aos associados e às categorias neosserviços úteis, modernos, atraentes e remunerados.
Razão tem o deputado federal Rui Falcão (PT-SP) em preocupar-se, e muito, com a manutenção da política de valorização do salário mínimo.
A jornada do dia 22 de março foi um sucesso quase desconhecido pela mídia grande, mas com repercussão nas redes sociais e na comunicação sindical.
Nesta situação espetaculosa por que passa o Brasil com a economia travada, com a aprovação ao presidente despencando e com uma confusão quase insanável nas forças políticas, as manifestações que o movimento sindical e seus aliados promovem hoje, dia 22 de março, têm uma dupla vantagem e são como uma linha reta em um emaranhado de curvas. Encarnam o espírito unitário de resistência e organizam a oposição à deforma previdenciária, duas ideias claras e esclarecedoras.
Aqueles que leem o que venho escrevendo percebem que quase nunca critico publicamente alguma ação sindical que considero errada e nunca individualizo críticas a tal ou qual dirigente ou ativista por seu erro eventual.
Tive uma longa conversa com um dirigente sindical experiente que me autorizou a divulgar suas opiniões omitindo seu nome.
O governo deu mais uma pancada forte no movimento sindical com a MP 873, editada às vésperas do Carnaval, que exige autorização individual dos trabalhadores (incluindo os funcionários públicos) para qualquer contribuição aos sindicatos e determina o pagamento por boleto bancário.
Tudo deve ser feito para resistir à PEC da deforma previdenciária e para impedir que o governo tenha os 308 votos de deputados na Câmara para aprová-la.
Quando se abriu o ano legislativo de 1983, o MDB que havia obtido importantes vitórias eleitorais no ano anterior definiu que sua atuação congressual teria como orientação estratégica a luta pela instalação de CPIs que investigassem as ações do governo do general Figueiredo.
Uma regra dos manuais de boas maneiras manda que se responda sempre uma carta recebida.
Excetos uma pequena nota no Estadão e matéria no Valor a greve e as manifestações do funcionalismo público da cidade de São Paulo não têm merecido registro da mídia grande.