A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

João Guilherme Vargas Netto

É consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo
As seis pernas da formiga obreira

Fui convidado pelo presidente Oswaldo de Barros a falar no 5º Encontro Nacional dos Trabalhadores em Educação e Cultura na sede de sua confederação nacional (CNTEEC) em Brasília. Deveria repisar um artigo meu, publicado logo após a aprovação da lei da deforma trabalhista, em que sintetizava nas quatro patas de um molosso as modalidades de resistência e enfrentamento do desmanche sindical.

A evacuação do trabalho

Refletindo sobre a inacreditável ausência do tema sindical no simpósio internacional da USP sobre os 100 anos da revolução russa constato que tal desprezo é uma deformação presente nas produções acadêmicas aqui no Brasil e no mundo.

A revolução russa sem os sindicatos

No que nos diz respeito lamento que a maratonística comemoração do centenário da revolução russa preparada pelo Departamento de História da USP e realizada de 3 a 6 de outubro com suas 95 (se contei direito) mesas temáticas não tenha abordado nelas o papel dos sindicatos. O prospecto que descreve os eventos nem mesmo registra a palavra sindicato.

Boas notícias

Na situação em que hoje se encontra o movimento sindical dos trabalhadores qualquer vitória é muito bem vinda e merece ser valorizada. Um grama de boa notícia pesa mais que cinco quilos de realidade bruta.

Quatro prescrições

Procuro escrever textos curtos, sem enrolação, com informações úteis à ação sindical. Às vezes faço sugestões e até prescrições violando a regra que conselho não se dá de graça.

Plenária forte

Sexta-feira, 29 de setembro é um dia normal para milhões de trabalhadores. Normal?

Eles não brincam em serviço

Depois que a procuradoria do Trabalho no Rio Grande do Norte abriu uma ação contra o grupo Guararapes responsabilizando-o pelas péssimas condições das terceirizações que ele pratica e impondo uma multa de 38 milhões de reais (parte de seu lucro com estas terceirizações), o mundo das relações de trabalho em terras potiguares veio abaixo. Mas não só lá.

Capitalismo selvagem

O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte abriu uma ação pública contra a empresa Guararapes para responsabilizá-la quanto aos direitos trabalhistas dos empregados das facções de costura (microempresas subcontratadas para montagem das roupas) depois de realizar inspeções que analisaram as condições de trabalho, os salários e o conteúdo dos contratos das facções.

Esquenta para lutas futuras

Ainda que a grande mídia não tenha registrado a jornada dos metalúrgicos (o que impõe esforço redobrado à comunicação sindical), o dia 14, de greves, concentrações e passeatas foi um sucesso.

Desordem e retrocesso

Um dos mais ativos organizadores da proclamação da República foi o grupo dos positivistas. Influíram na conspiração republicana, influíram na composição do novo governo e influíram nas ideias e símbolos mobilizadores.

Resistência que acelera

Na posse da diretoria do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi – posse sem ostentação com traje “esporte sindical”, mas expressiva pelos dirigentes sindicais presentes e pelos delegados sindicais de empresas da base e suas famílias – um lema estava escrito em um grande painel: A luta faz a lei!

Leme firme

O sindicato dos professores da rede privada de São Paulo (Sinpro) e a federação estadual perguntaram a uma amostra de filiados durante o ano de 2017 por que haviam se associado. A resposta mais abrangente foi a de que procuravam proteção.

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