Que as coisas estão difíceis para os trabalhadores e para o movimento sindical é uma verdade. Que vão piorar ainda mais é outra verdade.
Configura-se hoje no movimento sindical o desenvolvimento de duas linhas diferentes. Nada impede que elas sejam convergentes e todo o esforço possível deve ser feito para que não se transformem em divergentes.
Tenho recomendado aos dirigentes sindicais que estão preocupados com a sobrevivência de suas entidades realizarem fortes campanhas de sindicalização.
Com toda a pressa que o governo e o mercado tiveram em apresentar e aprovar a deforma trabalhista cuja tramitação se deu em acelerado tempo recorde, o texto final da lei guarda entre os seus diversos artigos uma coerência hermenêutica respeitável, ancorada nos saberes jurídicos conservadores e na miríade de projetos específicos que já existiam no Congresso.
Na capital do Pará realizou-se a Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA) em sua 74ª versão. Ela foi organizada pelo sistema de fiscalização profissional dos engenheiros, agrônomos, geógrafos, geólogos, técnicos e tecnólogos, profissões do campo da Engenharia e reuniu mais de três mil e quinhentos profissionais de todo o país.
Por diversas razões somente hoje posso escrever sobre a grande reunião nacional dos metalúrgicos que aconteceu em São Paulo, no dia 4 de agosto, a convite de Miguel Torres, que foi o anfitrião.
Os brasileiros já podem ver nos cinemas este filme sobre a retirada, em 1940, de 338 mil soldados (em sua maioria ingleses e franceses) do Porto de Dunquerque na França para Dover na Inglaterra atravessando o Passo de Calais.
A lei nº 13.467 de 13/07/2017 (duplo azar) já provoca um terremoto nas relações de trabalho no Brasil. Seus efeitos terão que ser enfrentados de modo sério porque a agressão aos direitos que materializa cria um clima de conflitos sem precedentes, ao mesmo tempo em que dificulta a ação sindical.
Quando houve a libertação dos escravos as vendas de calçados em todo o Império deram um salto. Isso porque os escravos recém-libertados correram ao comércio com as posses que tinham para comprar tamancos, chinelos, sandálias e sapatos, já que enquanto escravos eram obrigados, com raríssimas exceções, a andar descalços, um estigma da escravidão (o que se pode ver nas fotos da época).
É inegável que o movimento sindical dos trabalhadores sofreu uma derrota séria com a eliminação do caráter obrigatório da contribuição sindical; foi a mais grave agressão à estrutura sindical em toda a sua história e pode preceder a busca da extinção da unicidade sindical, garantida pela Constituição.
Na medida em que o movimento sindical dos trabalhadores foi se institucionalizando durante a história do capitalismo, alcançando legislações protetoras do trabalho e garantidoras do direito de greve e da organização sindical, a “linha” da correlação de forças na sociedade ultrapassou e sobrepujou a “linha” das relações do trabalho em cada empresa individual e mesmo em cada relação pessoal de trabalho.
Sobre a deforma trabalhista a ser votada nesta terça-feira (dia 11) no Senado e sobre seus efeitos nefastos para os trabalhadores recomendo duas táticas que se complementam.