De hoje até o dia 28 o que se deve fazer é preparar com cuidado e empenho o sucesso daquela jornada, sem divisões, sem vacilações, sem confusões.
Os jovens que participam do movimento sindical- e mesmo alguns veteranos- precisam ficar sabendo de como foi dura a luta durante a ditadura, cheia de armadilhas e desafios.
Pelos meus cálculos o número de leitores regulares de jornal impresso no Brasil oscila em torno de cinco milhões; o número de filiados aos partidos políticos é de 12 milhões e o total de sindicalizados ultrapassa os 18 milhões.
Tenho insistido muito na necessidade de uma demonstração de força do movimento sindical repudiando e condenando a reforma previdenciária do governo com a palavra de ordem de “nenhum direito a menos”.
É muito difícil, sem parecer petulante, explicar as dificuldades porque passa o movimento sindical para garantir o “nenhum direito a menos” dos trabalhadores e organizar fortes manifestações de resistência.
No linguajar de Brizola a expressão acima, derivada das lides vaqueiras das estâncias, queria dizer vacilação ou traição iminente.
Há hoje dois pontos de vista que perturbam os dirigentes sindicais e fazem que eles se desorientem sobre o que deve ser feito e como fazê-lo.
No quadro enlouquecedor das demissões o que sobra, depois da liquidação de milhares de empregos, são as grandes empresas, onde o facão cortou, mas não as destruiu como faz com as outras, as pequenas e médias.
A contradição está nas coisas, todos sabemos disso. Mas, nas ideias, muitas vezes, a contradição é prova de erro ou de má intenção.
É inegável que o sistema das confederações sindicais é menos partidarizado que as centrais. Isto acontece por algumas razões estruturais.
É como se houvesse acontecido uma guerra e o Brasil tivesse sido derrotado.