No linguajar de Brizola a expressão acima, derivada das lides vaqueiras das estâncias, queria dizer vacilação ou traição iminente.
Há hoje dois pontos de vista que perturbam os dirigentes sindicais e fazem que eles se desorientem sobre o que deve ser feito e como fazê-lo.
No quadro enlouquecedor das demissões o que sobra, depois da liquidação de milhares de empregos, são as grandes empresas, onde o facão cortou, mas não as destruiu como faz com as outras, as pequenas e médias.
A contradição está nas coisas, todos sabemos disso. Mas, nas ideias, muitas vezes, a contradição é prova de erro ou de má intenção.
É inegável que o sistema das confederações sindicais é menos partidarizado que as centrais. Isto acontece por algumas razões estruturais.
É como se houvesse acontecido uma guerra e o Brasil tivesse sido derrotado.
Todos vocês se lembram da orquestra que tocava no convés enquanto o Titanic afundava.
Não é por coincidência que todos os fatos por mim resenhados nesta coluna não tenham merecido atenção da mídia grande. Ela faz parte da confusão reinante e, violando suas responsabilidades e atribuições, não está atenta àquilo que pode representar soluções na crise em que vivemos.
Não foi um rolezinho, nem um flash mob. O que aconteceu na Câmara dos Deputados na quarta-feira, dia 16, foi uma grave e preocupante agressão à democracia e à Constituição. Um grupo de agitadores fascistas (a mando de quem?) agrediu o Congresso e todos os brasileiros exigindo a volta da ditadura militar (que é repudiada pelas Forças Armadas) e, embora detidos e conduzidos para depoimento na PF, logo depois viu cair sobre eles e sobre seu crime um obsequioso silêncio.
Todos devemos nos empenhar, com espírito unitário, para o sucesso da jornada de manifestações do dia 25 de novembro.
Estamos vivendo uma fase difícil para os trabalhadores e para o movimento sindical, acossados entre a recessão e os ataques a seus direitos.