A luta contra o impeachment da presidenta Dilma tem sido sem tréguas e se aproxima do seu desfecho do Senado.
O momento crítico de agora é apenas uma amostra da dimensão da luta que se trava no Brasil, de sentido estratégico. Desde junho de 2003, em sua 9ª. Conferência Nacional, o PCdoB assinala a complexidade do que se passaria no país a partir de assunção de Luís Inácio Lula da Silva ao governo da nação.
Quando da assunção de Luís Inácio Lula da Silva à presidência da República, em 2003, um novo ciclo de transformações econômicas, políticas e institucionais se fazia potencialmente possível.
Eduardo Cunha perdeu por dois votos na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. Uma novela que caminha para o fim – após oito meses de manobras e artimanhas – ou apenas um capítulo de uma sequência ainda imprevisível?
A expressão que dá título a essas breves linhas é de Georgi Plekhanov, revolucionário russo (1856-1918). Diz respeito à necessidade inarredável de nortear a ação política sobre bases objetivas, concretas. Melhor dizendo: raciocinar taticamente a partir da correlação de forças real, sem perder de vista os objetivos estratégicos.
Refiro-me ao ambiente social no qual as eleições acontecerão com data marcada para outubro.
Sabe-se que nos EUA os ministros da Suprema Corte costumam conceder duas entrevistas: uma quando são nomeados, outra quando se aposentam.
No espectro político, o centro se comporta em qualquer lugar do mundo como no Brasil: alia-se com a esquerda ou com a direita conforme a direção do vento.
Ainda nos primeiros tempos do retorno do exílio, precisamente em 1982, conversávamos Miguel Arraes, eu e ex-deputado Artur Lima Cavalcanti, e o tema era a necessidade do ex-governador retornar de imediato aos embates eleitorais.
No Senado, à revelia da verdade dos fatos, da norma constitucional e da opinião pública internacional e da crescente rejeição do povo brasileiro, o processo de impeachment avança.
Agora no Senado, o processo de impeachment segue como vértice da tendência crescente à radicalização do conflito político. Em todas as suas dimensões – da frente parlamentar aos movimentos sociais.
Aeroporto dos Guararapes, 23h40. Pessoas muito humildes recepcionam seus familiares, que chegam em voos de diversas partes do país.