Não está fácil, amigos: as vinte e quatro horas do dia, por todas as mídias, a ofensiva da direita é total. Feito operação militar de cerco e aniquilamento.
Se tudo vale a pena quando a alma não é pequena, como nos ensina o poeta Fernando Pessoa, em tempo de crise uma folha sequer não se move sem que algum significado tenha.
Nos tempos de criança, via a quarta-feira de cinzas como algo solene, religioso e até mórbido. “A missa de cinzas é para tirar os pecados do carnaval”, dizia a avó Neném, contrita e ameaçadora. Aos meninos da casa aquilo naturalmente parecia estranho. Afinal, que pecados teríamos cometido levados ao corso pelo próprio pai, folião entusiasta?
Perde na política quem carece de propostas consistentes. Pode até ganhar no curto prazo, mas em médio e longo prazo amarga a inevitável derrota.
Quase não há partidos "programáticos" no Brasil. O PCdoB é umas das raras exceções – e, nesse sentido, a mais expressiva.
Historicamente, eleições no Recife tendem ao acirramento. E ganham um traço de relativa imprevisibilidade – que reclama descortino estratégico e tático.
Alguém de outras plagas, habituado a composições partidárias mundo afora, ao se debruçar sobre as alianças eleitorais em construção para o pleito municipal no Brasil certamente experimentará estranheza.
O ano eleitoral prenuncia uma campanha assinalada por novas variáveis que poderão influenciar o seu curso.
O hábito é antigo – compartilhado com milhões de brasileiros. Antes, rasgar papel, desvencilhar-se de tudo o que já não tem importância; com o computador e a internet, deletar.
Dessas conversas que a gente ouve no elevador quase sem querer, no breve transcurso da garagem ao sétimo andar da Prefeitura:
Não está fácil prever com alguma dose de mediana certeza o que acontecerá nos dias subsequentes, na atual situação política nacional.
Analistas responsáveis e isentos – da pernambucana Tânia Bacelar a consultores de grandes investidores externos – dizem que o Brasil é muito maior do que a crise – e, portanto, superaremos os impasses econômicos e, adiante, retomaremos o crescimento.