Não se trata de simplificar o que é complexo, nem de tentar enxergar a realidade com lentes cor de rosa.
Definitivamente, é impossível resumir a realidade num samba curto. Sobretudo num país como nosso, imenso e pleno de desigualdades sociais e diversidades regionais de toda sorte.
Nas frentes políticas, o PCdoB invariavelmente combina o empenho pela amplitude e pela unidade com a preservação da sua identidade e autonomia. Une-se a um conjunto de forças em geral heterogêneas, em função de objetivos táticos comuns, sem abrir mão entretanto dos seus compromissos programáticos.
A luta pelo socialismo não se dá em linha reta – observava sempre João Amazonas, acentuando a absoluta necessidade de se ter clareza de perspectiva e de rumo e ilimitada flexibilidade tática, tantos e tão complexos os obstáculos que se interpõem aos nossos objetivos.
Uma gama de propostas contraditórias e inconsequentes dá conteúdo à proposta de reforma política que o presidente da Câmara dos Deputados – paladino da onda conservadora – ameaça levar a plenário a todo custo.
Navegando em mar revolto, marcado por incertezas, uma miríade ideológica contamina a vida militante.
Luta política acirrada. Desvantagem numérica. Ventos soprando contra. Resistir é preciso – engendrando a contraofensiva.
Comemorado há 126 anos, desde que em 1889 um encontro operário em Paris constituiu a II Internacional Socialista e deliberou reverenciar a histórica greve de 1886 em Chicago, EUA, o 1º. de Maio assume, em diferentes partes do mundo, variados significados.
A vida transcorre na cidade aonde a gente vive. Diz-se toda vez que se quer acentuar o papel do município na Federação, sob qualquer propósito – e é verdade.
A visão de futuro e a permeabilidade do poder local à participação popular formam binômio hoje mais presente do que nunca no debate e no exercício do conceito e do modo de governar, sobretudo em cidades grandes e de médio porte.
Semelhante a uma luta de boxe – quando um dos contendores, momentaneamente na ofensiva, procura atingir o adversário de todas as formas para enfraquecê-lo e derrotá-lo por nocaute ou mesmo por pontos – a oposição à presidenta Dilma não dá tréguas.
Numa situação adversa, em que a correlação de forças se mostra francamente desfavorável impõe-se – como se diz no jargão político – dar nó em pingo de éter à meia-noite, no escuro, calçando luva de boxe…