Navegando em mar revolto, marcado por incertezas, uma miríade ideológica contamina a vida militante.
Luta política acirrada. Desvantagem numérica. Ventos soprando contra. Resistir é preciso – engendrando a contraofensiva.
Comemorado há 126 anos, desde que em 1889 um encontro operário em Paris constituiu a II Internacional Socialista e deliberou reverenciar a histórica greve de 1886 em Chicago, EUA, o 1º. de Maio assume, em diferentes partes do mundo, variados significados.
A vida transcorre na cidade aonde a gente vive. Diz-se toda vez que se quer acentuar o papel do município na Federação, sob qualquer propósito – e é verdade.
A visão de futuro e a permeabilidade do poder local à participação popular formam binômio hoje mais presente do que nunca no debate e no exercício do conceito e do modo de governar, sobretudo em cidades grandes e de médio porte.
Semelhante a uma luta de boxe – quando um dos contendores, momentaneamente na ofensiva, procura atingir o adversário de todas as formas para enfraquecê-lo e derrotá-lo por nocaute ou mesmo por pontos – a oposição à presidenta Dilma não dá tréguas.
Numa situação adversa, em que a correlação de forças se mostra francamente desfavorável impõe-se – como se diz no jargão político – dar nó em pingo de éter à meia-noite, no escuro, calçando luva de boxe…
Faz parte da tradição institucional brasileira a ocorrência de partidos conjunturais, efêmeros. Cumprem o seu papel numa determinada quadra política e desaparecem.
Quando tudo parece embaralhado, embaralhar mais ainda nada resolve; antes reforça a confusão. A cena política nacional mostra-se embaralhada e confusa. A cobertura midiática, propositadamente superficial e furta-cor, passa a impressão de que chegamos ao fundo do poço e ninguém se entende.
Em qualquer esfera da vida, quando a dispersão impera e os acontecimentos parecem conduzidos pelo desencontro e pela confusão, achar o fio da meada é o ponto de partida para seguir em frente.
Ora, amigos, não se trata de estabelecer aquela situação em que “o sujo fala do mal lavado”. Corruptores e corruptos se acusarem entre si. Trata-se de enfrentar o problema cortando-o pela raiz, sem hipocrisia nem artifícios exclusivos da luta política imediata.
Muito mais do que a discordância natural em relação ao governo, propaga-se como o vento um sentimento oposicionista contaminado pelo preconceito, a intolerância e o desrespeito à convivência democrática.