Dizem os publicitários em tom bem humorado que nada se cria, tudo se copia. Mas não é bem assim. Que seria da vida se tudo não passasse de mera repetição? Não valeria a pena viver, pois a vida que deve ser vivida é a vida reinventada, como ensina Cecília Meireles.
Recentemente os jornais deram destaque à decisão da presidenta Dilma de não participar diretamente da campanha eleitoral que se inicia. Por razões políticas e administrativas.
Que eu saiba, a Federação brasileira guarda semelhança, mundo afora, apenas com o atual Estado federativo russo: entes autônomos entre si. No caso brasileiro, a União Federal, os Estados e os Municípios, sendo que estes últimos ganharam autonomia a partir da Constituição de 1988.
Coalizões partidárias, obviamente, envolvem legendas de diferentes matizes políticos. Com alguma frequência representadas por lideranças que, na cena local, guardam entre si precedente conflituoso.
Unir partidos em função de projeto comum não é fácil, aqui e mundo afora. Vide a instabilidade nos países da zona do euro, todos envoltos, de um modo ou de outro, em dificuldades políticas tão complexas quanto a crise econômica e financeira que os assola.
Em condições normais de tempo e temperatura, as coisas fluem conforme o desejo de todos – o da maioria. Naturalmente. Assim ocorre em todas as esferas da vida, inclusive na política. Porém nem se sempre se navega em mar calmo – seja por capricho da natureza, seja por falha humana.
É comum se ouvir de próceres tucanos e demos a cantilena “somos oposição ao governo, e não ao Brasil”. Mas, na prática, a conversa é outra: a torcida é contra mesmo – contra o povo, contra o país.
Tudo bem que o nome do candidato importa quando se trata de disputas eleitorais, mormente porque no Brasil o eleitor ainda vota no indivíduo, tendo em segundo plano (quando tem) a legenda partidária e as propostas programáticas. Tanto para cargos no Executivo como no Legislativo.
Em todos os 5.565 municípios brasileiros, das capitais e grandes cidades aos de menor dimensão, entram em cena as tratativas que antecedem as convenções partidárias, previstas para junho, tendo em vista o pleito de outubro.
Entre o que dispõe a lei e o exercício prático de uma profissão há toda uma gama de variáveis que contribuem – como possibilidades ou ameaças – para delineá-la no contexto atual. Isto ocorre com os que se dedicam à assistência social, cuja missão, definida pela Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) e ancorada na Constituição de 88, ganha relevo crescente conforme o evolver da sociedade.
São medidas corajosas as adotadas pela presidenta Dilma no intuito de destravar o crescimento econômico. Uma peleja entre a nação e a usura, que tende a clarear o cenário pondo em lados opostos, separados por um risco nítido e definitivo, a maioria da população versus o capital financeiro, este identificado como inimigo maior do povo e da na nação.
Romper ou não com os condicionantes macroeconômicos herdados da era FHC tem sido, desde o primeiro governo Lula, a um só tempo, necessidade objetiva e dilema político. Uma espécie de tabu: mexer na política de juros altos, no câmbio sobrevalorizado e no rígido sistema de metas inflacionárias e fiscais seria antes de tudo uma irresponsabilidade. Isto na cantilena reverberada pela grande mídia conluiada com o grande capital financeiro.