A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Luciano Siqueira

Médico, membro do Comitê Central do PCdoB e secretário nacional de Relações Institucionais, Gestão e Políticas Públicas do partido, foi deputado estadual em Pernambuco e vice-prefeito do Recife.
Navegar em mar revolto é inevitável

Em condições normais de tempo e temperatura, as coisas fluem conforme o desejo de todos – o da maioria. Naturalmente. Assim ocorre em todas as esferas da vida, inclusive na política. Porém nem se sempre se navega em mar calmo – seja por capricho da natureza, seja por falha humana.

A situação econômica e a torcida contra

É comum se ouvir de próceres tucanos e demos a cantilena “somos oposição ao governo, e não ao Brasil”. Mas, na prática, a conversa é outra: a torcida é contra mesmo – contra o povo, contra o país.

Fulano, Sicrano e as ideias

Tudo bem que o nome do candidato importa quando se trata de disputas eleitorais, mormente porque no Brasil o eleitor ainda vota no indivíduo, tendo em segundo plano (quando tem) a legenda partidária e as propostas programáticas. Tanto para cargos no Executivo como no Legislativo.

A pauta que precede as convenções de junho

Em todos os 5.565 municípios brasileiros, das capitais e grandes cidades aos de menor dimensão, entram em cena as tratativas que antecedem as convenções partidárias, previstas para junho, tendo em vista o pleito de outubro.

A assistência social e a consciência cidadã

Entre o que dispõe a lei e o exercício prático de uma profissão há toda uma gama de variáveis que contribuem – como possibilidades ou ameaças – para delineá-la no contexto atual. Isto ocorre com os que se dedicam à assistência social, cuja missão, definida pela Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) e ancorada na Constituição de 88, ganha relevo crescente conforme o evolver da sociedade.

A nação contra a usura

São medidas corajosas as adotadas pela presidenta Dilma no intuito de destravar o crescimento econômico. Uma peleja entre a nação e a usura, que tende a clarear o cenário pondo em lados opostos, separados por um risco nítido e definitivo, a maioria da população versus o capital financeiro, este identificado como inimigo maior do povo e da na nação.

Cutucando o diabo com vara longa

Romper ou não com os condicionantes macroeconômicos herdados da era FHC tem sido, desde o primeiro governo Lula, a um só tempo, necessidade objetiva e dilema político. Uma espécie de tabu: mexer na política de juros altos, no câmbio sobrevalorizado e no rígido sistema de metas inflacionárias e fiscais seria antes de tudo uma irresponsabilidade. Isto na cantilena reverberada pela grande mídia conluiada com o grande capital financeiro.

A Resolução 72 e as reformas

Diz o ministro Guido Mantega que a aprovação da Resolução 72 é “o primeiro passo para a reforma tributária”.

Hegemonia implica irrecusáveis responsabilidades

Na luta política hegemonias se constroem, se conservam ou se perdem. Depende da competência da corrente política que a alcança. Porque nada é simples, a começar da correta compreensão dos múltiplos fatores que numa dada conjuntura propiciam a posição mais saliente em relação a aliados e adversários.

A política, a polêmica e o sentido das palavras

Nada mais natural do que a divergência de opiniões, em qualquer esfera da vida – na política, sobretudo. Como bem ensina a sabedoria popular, “os dedos das mãos não são iguais”. E quando se põe em causa o poder, em qualquer uma das suas instâncias, a polêmica é inevitável – mesmo entre correntes políticas e militantes do mesmo campo de forças.

Quem fiscaliza quem?

A Constituição de 1988 consagrou o controle social mediante mecanismos de participação popular – Conferências, Conselhos, etc. – nos três níveis federativos. Desde então se tem percorrido sinuosa trajetória na tentativa de fazer valer a norma, com belos resultados e outros nem tanto.

Palavras devem ser mais do que palavras

Na década de setenta, a rede Globo exibia um programa humorístico em que o personagem Walfrido Canavieira – criado e interpretado por Chico Anysio -, ao discursar para a multidão, à guisa de comício, concluía sua fala, em geral vazia, com a expressão: “palavras são palavras, nada mais do que palavras”.

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