Governo reforça o estratégico programa da energia nuclear

O governo Lula demonstra uma vez mais que está disposto aumentar a participação da energia nuclear na matriz energética do […]

O governo Lula demonstra uma vez mais que está disposto aumentar a participação da energia nuclear na matriz energética do país. Depois de ter decidido construir a usina de Angra 3, o próprio presidente Lula, anunciou no último dia 11 no Centro Experimental de Aramar( CEA), em Iperó, São Paulo, que seu governo investirá R$ 1,04 bilhão no programa nuclear da Marinha.


 


 


O programa nuclear da Marinha foi iniciado em 1979. Em 1988, o CEA anunciou o domínio do enriquecimento do urânio. Na era FHC, o programa foi prejudicado pelo corte de verbas ao extremo de quase ser desativado. O número de funcionários que chegou a 800 foi cortado pela metade.


 


 


O presidente Lula reconheceu que seu primeiro mandato não teve condições para recuperar o programa nuclear. Anunciou, todavia, que agora serão empreendidos esforços e alocados recursos para que o Brasil domine o ciclo completo do enriquecimento do urânio. Ele disse que o Brasil tem profissionais e tecnologia para desenvolver o setor nuclear.  “Nós temos profissionais, gente competente e conhecimento. Agora, se estava faltando o dinheiro, não vai faltar mais porque nós vamos colocar o dinheiro necessário. Por que não sonhar grande e dizer que nós queremos chegar até a possibilidade de ter um submarino nuclear?”.


 


 


O comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, anunciou que o recursos serão aplicados, sobretudo, para instalação do reator nuclear brasileiro. O almirante explicou que esse projeto propiciará um ganho duplo. A tecnologia para fabricar o reator será útil tanto às pequenas centrais nucleares quanto à realização de um antigo projeto da Marinha: o submarino atômico.


 


 


Trata-se de uma decisão de alcance múltiplo e estratégico do governo Lula. A um só tempo diversifica a matriz energética do país e descortina o domínio de uma energia que na atualidade significa reforço da soberania do país.