Vacina Butanvac vence o papel destrutivo do bolsonarismo
O anúncio pelo governo paulista de que o Instituto Butantan está produzindo a vacina Butanvac contra a Covid-19, em parceria […]
Publicado 26/03/2021 22:31
O anúncio pelo governo paulista de que o Instituto Butantan está produzindo a vacina Butanvac contra a Covid-19, em parceria com o Hospital Mount Sinai, dos Estados Unidos, é uma grande notícia. Em meio à indiferença do governo Bolsonaro, sabidamente irresponsável quanto a medidas de combate à pandemia e a seus efeitos, essa vacina ganha ainda mais importância.
O Brasil possui todas as possibilidades para a produção de vacinas, comprovadamente um meio eficiente contra a disseminação do coronavírus. Países que adotaram a imunização em massa mostram resultados até surpreendentes na redução de mortes e contaminações, como os Estados Unidos. É a comprovação da ciência como caminho para enfrentar a situação, um alerta que ecoou pelo mundo tão logo a pandemia foi detectada.
A corrida pela vacina era o grande desafio. Em tempo recorde, muitas surgiram e em alguns países foram feitos grandes investimentos, com recursos de toda natureza – sobretudo humanos e tecnológicos – para a urgência que apareceu repentinamente. E o resultado se mostra agora, com uma gama variada de vacinas, comprovando que o caminho da ciência é o único capaz de vencer a Covid-19.
O Brasil, com seu desenvolvimento tecnológico médio e um corpo de cientistas com especialização altamente desenvolvida, deveria estar nesse caminho há muito tempo. A desorganização do país, a partir de um governo absolutamente incompatível com a responsabilidade surgida com as demandas da pandemia, atrasou o desenvolvimento de vacinas e mesmo a sua aquisição onde era possível.
A postura de negar a gravidade da situação e de ameaçar quem estava adotando medidas para conter a doença e suas consequências tem sido uma prática cotidiana de Bolsonaro e seus aliados. Além de não corresponder às determinações legais para quem está revestido da condição de mais elevada autoridade do país, o presidente tratou, cotidianamente, de sabotar e achincalhar governadores, prefeitos e outras autoridades que diziam e faziam o que agora está comprovado pela ciência.
O caso de São Paulo é um clássico do gênero. Bolsonaro abriu guerra contra o governador João Dória, ridicularizou a Coronavac e sabotou a sua produção, dizendo que não compraria a “vacina chinesa”. O resultado aparece na espantosa cifra de mortos e contaminados, além da falta de perspectiva de uma ação eficiente do governo para conter a mortandade e suas consequências. São constatações que justificam, à perfeição, a definição de que este governo é genocida.
De toda forma, é preciso saldar e incentivar a produção da Butanvac. Além dos efeitos sobre essa colossal tragédia social, comprova que o Brasil, a despeito de uma ideologia terraplanista e sua obtusidade córnea, aliada à má-fé cínica do bolsonarismo, tem um enorme potencial para se desenvolver e se transformar em uma nação próspera, com democracia e justiça social. Com dificuldades, o país vai abrindo clareiras nessa direção e vencendo obstáculos, sendo o principal deles, na atualidade, o bolsonarismo e seu potencial destrutivo.