Nesta segunda-feira (17), a juventude cubana e a sociedade civil realizam mobilização em repúdio ao bloqueio dos EUA que impedem relações comerciais com Cuba. As entidades de representação do Brasil e da América Latina também integraram a manifestação com a frase: “Sou estudante, sou contra o bloqueio”.
Em meio a um clima de incerteza, o chefe guerrilheiro Pastor Alape fez nesta terça-feira (18) um chamamento a que se atue com prontidão para salvar o avançado processo de paz entre o governo colombiano e as Farc, diante das estratégias de adiamento de seus detratores.
Na Argentina, o projeto de lei do orçamento para 2017 indica que a maioria das áreas do Ministério da Justiça que se dedicam exclusivamente aos direitos humanos receberão menos recursos em comparação ao que foi disposto para os programas desta área neste 2016. Assim, a Secretaria de Direitos Humanos deverá lidar com uma verba anual 15% menor, sem contar o efeito da inflação.
Por Ailín Bullentini, no Página/12*
Na América Latina, são realizados 6,5 milhões de abortos por ano, segundo o Guttmacher Institute (organização norte-americana voltada para direitos sexuais e reprodutivos) – a grande maioria são clandestinos, já que 97% da população vive sob leis restritivas. Os abortos são a causa de 10% das mortes maternas e da internação de 760 mil mulheres por ano por complicações resultantes de procedimentos inseguros.
Por Luiz Felipe Silva
“A América Latina é, ao mesmo tempo, o continente mais urbanizado e também o mais desigual do mundo e a gente não pode fechar os olhos para isso”, explicou Rayne Ferretti, encarregada brasileira do Programa da ONU para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). Os estudos apontam que até 2050 86% da população do continente será urbana, mas este desenvolvimento nas cidades não significa redução nas desigualdades.
De acordo com dados do Centro Internacional de Estudos Penitenciários, dois países latino-americanos estão entre os cinco com maior população carcerária do mundo. Porém, em primeiro lugar está os Estados Unidos, com 2,2 milhões de pessoas encarceradas. No continente, o Brasil é quem tem o maior número de pessoas atrás das grades, cerca de 607.700.
Após 15 anos de investigação tentando encontrar culpados, fazer justiça e dar um nome aos carrascos, o Processo Condor, que tramita na justiça italiana, caminha para sua reta final. Na audiência que aconteceu nesta sexta-feira (14) o Ministério Público de Roma pediu a prisão perpétua de 27 ex-agentes de ditaduras da Bolívia, Chile, Peru e Uruguai acusados de sequestro e homicídio múltiplo agravado de 25 cidadãos italianos durante a Operação Condor.
Por Janaina Cesar
Desde que o presidente Mauricio Macri assumiu o cargo em dezembro de 2015, mais de 2 mil jornalistas já foram demitidos na Argentina. Os sindicatos da categoria denunciam a postura “passiva” do chefe de Estado diante da demissão em massa dos trabalhadores da área de comunicação em diversas empresas, inclusive estatais.
Enquanto no Brasil é aberta uma nova filial da “Escola para Princesas” que busca ensinar crianças a cuidar da casa, dos filhos, ter “etiqueta social” e saber se “comportar como mulheres”, no Chile acontece exatamente o contrário: uma escola que ensina o “desprincesamento”.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou nesta quinta-feira (13/10) que decidiu prorrogar até 31 de dezembro o cessar-fogo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mas disse esperar chegar a um novo acordo de paz antes dessa data.
As duas Colômbias que se chocaram no último dia 2 de outubro encarnam mundos que se temem. Uma realidade que antecede, em muito, o posicionamento ideológico e vem justificar distâncias culturais sobre as que tomam forma em diferenças políticas. Esses dois mundos puderam mais do que as longas negociações entre Governo e FARC em Havana, sobrevoaram o apoio internacional massivo aos acordos de paz e desbarataram a mais séria e firme tentativa de superar uma guerra que leva 52 anos.
Por Raúl Zibechi*
Há uma semana milhares de colombianos saem as ruas todos os dias, em diversas cidades do país, em defesa do Acordo de Paz firmado entre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Depois de uma intensa campanha midiática em defesa da guerra fomentada pela direita, o acordo foi recusado em plebiscito, mas as imensas manifestações têm demonstrado que o resultado da votação condiz com a vontade popular.
Por Mariana Serafini