O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou um vídeo sobre os 50 anos do golpe militar no Brasil. Em sua mensagem, ele lembra que aquele momento histórico “suspendeu nosso regime democrático, revogou liberdades essenciais, prendeu milhares de militantes políticos e fez com que outros tantos tivessem que sair do país”.
A plateia bem comportada que tomava as poltronas de veludo vermelho do centenário Teatro Solís, no centro de Montevidéu, irrompeu em aplausos entusiasmados quando ouviu o refrão final de Disculpe, o grande sucesso de Los Nocheros, o grupo folclórico patrioteiro que fazia sucesso com a música que a ultradireita do Uruguai assumiu como seu hino anticomunista.
Por Por Luiz Cláudio Cunha*, na Sul21
Atividades irão até o mês de abril. Também será lançado edição especial do Bilhete Único com arte de Elifas Andreato.
Com a chegada do 31 de março, data em que o golpe militar no Brasil completa 50 anos, diversas iniciativas são realizadas para que a violência e perseguição sofrida pela população não sejam esquecidas, pois a defesa da liberdade e o repúdio a ditadura devem ser tarefas permanentes na sociedade brasileira.
O golpe civil-militar de 1964 no Brasil deu inicio à implantação de ditaduras que constituiriam um círculo de terror como nunca a América Latina conhecera. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, com o inicio da Guerra Fria, os Estados Unidos promoveram no continente a Doutrina de Segurança Nacional, sua ideologia da luta "contra a subversão" que desembocaria na instauração dessas regimes.
Por Emir Sader*, em seu blog
Não há como lutar no movimento estudantil, em 2014, sem lembrar aquele incêndio da madrugada de 1º de abril de 1964 na sede da União Nacional dos Estudantes, na Praia do Flamengo, e principalmente aqueles que sobreviveram e não se abalaram. A ditadura não queria queimar somente a sede da UNE, e, sim, o espírito transformador dos estudantes brasileiros há exatamente 50 anos, o Brasil era empurrado para um dos momentos mais sombrios de sua história.
Por Virgínia Barros*
Em memória dos 50 anos do golpe militar no país (1964-2014), o ex-deputado federal Haroldo Lima, que integra o Comitê Central do PCdoB e foi preso político durante a ditadura, lembrou da participação estrangeira na ação dos militares. Neste artigo, Haroldo trata do suporte dado pelos Estados Unidos, a quem chamou de “uma potência estrangeira agressiva”, ao golpe e do significado do apoio para a História. Confira.
“Início dos anos 60, o país em situação alarmante, exército nas ruas, muita tensão, mas Pestana não se intimida, nasce assim mesmo. Três meses depois, ao perceberem que a criança sobreviveria, os milicos não titubearam e tomaram uma decisão drástica – veio o golpe de 1964.”
Por Mauricio Pestana*
Na próxima segunda-feira (31), será realizado, na antiga sede do Doi-Codi de São Paulo, hoje 36ª delegacia, na Rua Tutóia, nº 921, um ato que relembrará os 50 anos do golpe militar, ocorrido em 31 de março de 1964.
"O Brasil ainda não efetivou um real ajuste de contas com o seu passado", afirmou Aldo Fornazieri, sociólogo e diretor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, durante entrevista à Rede Brasil Atual, ao falar sobre o golpe millitar de 1964 e os desdobramentos após a redemocratização.
Da Radio Vermelho em São Paulo
Cerca de 100 entidades que compõem os movimentos sociais e o movimento sindical no Brasil, assinam Manifesto no qual externam seu desabafo pelas descomemorações pelos 50 anos do golpe militar no Brasil.
"O Exército deveria pedir desculpas pelos crimes da ditadura", declarou, em entrevista à Rádio Brasil Atual, Pedro Dallari, coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), ao falar sobre a ditadura militar e o processo de finalização dos trabalhos da Comissão.
Da Rádio Vermelho, em São Paulo