Nesta terça-feira, dia 1º de abril, o Brasil rememora e lamenta os 50 anos do Golpe Militar, que derrubou o governo constitucional de João Goulart e instaurou a Ditadura Militar, página manchada por sangue e vidas ceifadas da nossa história. O ato trouxe inúmeras consequências, como a suspensão da liberdade, da democracia e uma afronta à Constituição e aos direitos políticos, sociais e humanos.
Na próxima quarta-feira (2), às 18 horas, o teatro da PUC-SP, incendiado durante o regime militar, será palco de uma das principais homenagens a personalidades que simbolizam a resistência ao golpe de 1964, que completa 50 anos. O ator Sérgio Mamberti conduz as homenagens, com presença do poeta Thiago de Melo e do compositor Sérgio Ricardo e lideranças políticas e sociais.
Em entrevista, o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), preso e torturado durante a ditadura militar, fala sobre os 50 anos desde o golpe, data lembrada por todo o País nesta terça-feira, 1º de abril. "Com o tempo, começamos a ver que o regime militar não tinha realmente nenhuma perspectiva de liberdade, que aquilo ia durar muito tempo, que não se sabia o quanto ia durar", recorda Chico Lopes, sobre o ano de 1964.
O golpe que levou à ditadura no Brasil completa nesta semana 50 anos. Vários eventos culturais serão realizados para lembrar a data. É o caso da programação especial do Instituto Vladimir Herzog. Entre os dias 31 de março e 3 de abril, a Cia Livre apresenta, no Teatro TucArena, os espetáculos Ponto de Partida e Patética.
O Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresenta essa semana no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ), o evento “Foi golpe! Essa noite, 50 anos”. A apresentação será no emblemático Largo de São Francisco, palco de grandes manifestações políticas dos anos 60, com ciclos de debates e exibir filmes que falam do período de 21 anos em que a ditadura esteve no poder.
Por *Inácio Arruda
Manuel Monteiro e Helena Serra Azul: filho e mãe sofreram os açoites da ditadura militar no Brasil. Ele nasceu enquanto ela estava presa por subversão, em Recife. Ao longo dos anos de chumbo, foram muitas separações. Leia a seguir, a íntegra da entrevista concedida à jornalista Ana Mary C. Cavalncate, do jornal O Povo, e publicada nesta segunda-feira (31/01):
Nesta segunda-feira, 31 de março, o Brasil lembra os 50 anos decorridos desde o golpe militar que viria a suspender o Estado de Direito, as liberdades democráticas e os direitos de expressão e reunião, além de institucionalizar a tortura e o assassinato como políticas de Estado.
Carta enviada pelo presidente do Senado Federal do Brasil, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao presidente do Senado dos Estados Unidos, Joe Biden, é a mais recente tentativa do Estado brasileiro de ter acesso a documentos da Central de Inteligência Americana (CIA) sobre os anos que antecederam o golpe militar de 1964. Pela Constituição americana, o vice-presidente dos Estados Unidos acumula o cargo com o exercício da função de presidente do Senado.
Ana Martins tem a sua trajetória marcada pela resistência e pela luta contra a ditadura. Nascida em 1940 na zona rural do interior de São Paulo, mudou para a capital com 14 anos, para completar a 4ª série, pois começou a estudar apenas com 12.
“Para de mentir, canalha
Para admitir a 'Falha'
Para de omitir que a dita foi dura demais
Para de fingir que é justa
Para de fugir do Ustra
Para difundir a farsa impressa nos jornais”