A cada passo na estratégia do “quanto por melhor” dos tucanos fica evidente que as alianças se formam em torno de um único objetivo: o poder. Para isso, os fins justificam os meios. Até a semana passada a grande mídia dizia que a cúpula do PSDB estava decidida a “apoiar e até encorajar, em alguns casos, Temer a trabalhar pelo impeachment”.
O golpismo da oposição tem encontrado resistência entre aliados próximos. Até mesmo o marqueteiro da campanha presidencial derrotada em 2014 do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o publicitário Paulo Vasconcelos, disse que o pedido de impeachment vem sendo marcada por conveniências de grupos políticos descontentes.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas urnas, convoca a população para ir às ruas pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, mas não comparece. Essa não é a primeira vez que o senador dá cano em seu companheiros oposicionistas, pelo contrário, trata-se de uma marca do tucano.
Desde a derrota nas urnas com a vitória da presidenta Dilma Rousseff, em outubro de 2014, os tucanos atuam para tentar impor um golpe contra o mandato legitimado pelo voto. A estratégia inconformista dos tucanos, encabeçada por Fernando Henrique Cardoso, foi a judicialização da política. Nesta quinta-feira (10), a cúpula tucana se reuniu em Brasília para planejar o que eles sonham ser o desfecho do golpe.
De mãos dadas com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o candidato derrotado nas urnas e senador mineiro Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, não esconde o entusiamo nem as pretensões dos tucanos diante da ação do presidente da Câmara de acolher o pedido de abertura do impeachment.
O banqueiro André Esteves, que teve sua prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (25), é presidente do Conselho de Administração do banco BTG Pactual. Como banqueiro, foi citado pela revista Forbes como a 13ª maior fortuna do país.
O deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) protocolou nesta segunda-feira (23) novos documentos à representação sobre uso indevido de aeronaves oficiais do governo de Minas Gerais por parte do então governador Aécio Neves (PSDB).
Quando era governador, Aécio Neves colocou aeronaves oficiais do estado de Minas para fazer com o dinheiro público o serviço que empresas de táxi aéreo deveriam fazer, transportando celebridades, empresários e cartolas de futebol para voos de natureza privada. Não era carona, com autoridades mineiras viajando junto.
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual
Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, a Operação Lava Jato pode abrir um capítulo sobre as relações entre a empreiteira Andrade Gutierrez, a maior doadora da campanha do PSDB. A empresa assumiu posição de comando na Cemig durante as gestões tucanas em Minas, com Aécio Neves e Antonio Anastasia.
O deputado federal e mais novo membro do Conselho de Ética da Câmara, Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, disse que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu com irritação ao saber que o PSDB anunciou formalmente a retirada do apoio dado a ele por conta das denúncias de participação no esquema de corrupção na Petrobras e da manutenção de contas secretas em bancos do exterior.
Diante do circo que criou, o PSDB foi obrigado a divulgar o resultado da auditoria que realizou para apurar o sistema de votação brasileiro. A legenda, inconformada com o resultado das urnas após o segundo turno das eleições presidenciais de 2014, entrou com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) levantando falsas suspeitas sobre o pleito. Agora, com o resultado da auditoria que encomendaram, os tucanos reconheceram que não houve fraudes no processo eleitoral.
A professora mineira aposentada Maria Aparecida Franco Góes, eleitora de Aécio Neves, escreveu uma carta aberta ao senador tucano na qual afirma: “Tenho vergonha de dizer que um dia fui sua eleitora!”.