As forças ocupantes do Afeganistão iniciaram neste sábado (13) a a maior operação militar no país desde o anúncio do reforço de 30 mil soldados americanos feito pelo presidente estadunidense Barack Obama em dezembro de 2009.
O ex-presidente da extinta União Soviética Mikhail Gorbachev propõe ao presidente americano Barack Obama que busque "uma solução política e a retirada das tropas" no Afeganistão, que vive um novo ciclo de tumultos e violência. "Isso requer uma estratégia de reconciliação nacional", avalia Gorbachev. Veja abaixo o artigo de Gorbachev, publicado pelo New Yor Times e reproduzido do site Terra Magazine.
Com o maior ataque com mísseis teleguiados feito por drones (aeronaves não tripuladas utilizadas para ataques militares) até o momento, no Paquistão, os EUA enviaram mensagem clara sobre sua renovada determinação de destruir os talibãs e os santuários da al-Qaeda nas áreas de fronteira entre Paquistão e Afeganistão.
Por Said Salim Shahzad*, para o Asia Times Online
Uma nova operação militar lançará milhares de soldados afegãos, estadunidenses e do Pacto Militar do Atlântico Norte na província de Helmand, limítrofe com o Paquistão e dominada pela resistência, na tentativa de conter as forças insurreicionais, informaram fontes militares dos ocupantes.
O Afeganistão foi o assunto que dominou a cobertura internacional nas três principais redes de televisão dos Estados Unidos em 2009, segundo a edição anual do Informe Tyndall. Apesar da contínua presença de mais de cem mil soldados norte-americanos no Iraque, o Afeganistão recebeu cobertura quatro vezes maior nos noticiários noturnos de 30 minutos das redes de TV abertas ABC, CBS e NBC, principais fontes de notícias para a maioria dos habitantes dos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pretende pedir ao Congresso 33 bilhões de dólares em verbas emergenciais para ampliar o contingente militar no Afeganistão neste ano, disseram fontes da Defesa na quarta-feira. A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta quarta que mais de 2.400 civis morreram no Afeganistão em 2009, o ano mais letal para não combatentes desde a derrubada do Taliban, em 2001.
George W. Bush proclamou-se, sem acanhar-se, um “presidente de guerra”. O presidente Obama segue o mesmo caminho. Nesse momento, os fronts de guerra do governo Obama incluem as guerras herdadas no Iraque e no Afeganistão, uma guerra não-tão-disfarçada no Paquistão, e potencial guerra nova no Iêmen.
O presidente afegão, Hamid Karzai, denunciou nesta segunda a morte de dez civis, sendo oito crianças, durante uma operação militar das forças estrangeiras no leste do Afeganistão. Estas forças são compostas principalmente por tropas dos Estados Unidos.
Comandantes do Pentágono e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) confirmaram que o homem mostrado no vídeo difundido nesta sexta-feira (25) através do Uoutube é Bowe Robert Bergdahl, soldado americano capturado no Afeganistão há quase seis meses. No vídeo, Bergdahl pede a sua troca por prisioneiros afegãos e diz que este país "é o próximo buraco no qual vamos cair".
Em nota divulgada nesta quinta-feira (10), o Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz) manifestou repúdio à nova escalada bélica promovida pela administração Barack Obama no Afeganistão ocupado.
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, admitiu nesta terça-feira (8) que seu governo não terá recursos para financiar suas próprias forças de segurança durante os próximos 15 ou 20 anos e pediu a ajuda dos Estados Unidos para essa finalidade.
Convocados pelo Partido Trabalhista do Paquistão, paquistaneses saíram às ruas hoje para protestar contra a escalada dos "efeitos da guerra" na região. O partido condena a política adotada pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama para os países islâmicos com o aumento do envio de tropas estadunidenses e a escalada de violência no Afeganistão e no Paquistão. Não houve tumulto durante a manifestação.