Diante da alta de preços internacionais, o governo decidiu reduzir a zero, temporariamente, as alíquotas do imposto de importação sobre o complexo soja (grão, farelo e óleo), além do milho.
Até que ponto o presidente da República conseguirá tensionar com as tradings e o grande capital internacional para atender aos interesses dos produtores rurais, que formam uma de suas principais bases de sustentação?
Sem projeto de desenvolvimento, economia brasileira fica refém das flutuações internacionais. Esvaziamento dos estoques da Conab impede a ação do governo no combate aos impactos dessas variações nos preços dos alimentos
Vetos a projeto de lei para agricultura familiar contrastam com medidas para grandes ruralistas
Andréia Adami diz que a forte demanda chinesa levou ao crescimento de 6% da exportação no primeiro quadrimestre e que a produção deste ano apresentará recorde.
O valor representa 43,2% do total exportado pelo Brasil, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
As afinidades ideológicas entre Jair Bolsonaro e Donald Trump, tão ressaltadas pelo presidente brasileiro, revelaram-se, mais uma vez, inúteis para […]
O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi afirmou, na quinta-feira (15), em entrevista ao Valor Econômico, que a “confusão” que a retórica de Bolsonaro e seu estafe vêm disseminando na comunidade internacional, se não for contida, levará o agronegócio brasileiro à “estaca zero”.
O site De Olho nos Ruralistas revelou outra face do clã paranaense conhecido pela atuação de Deltan Dallagnol. Em uma série de reportagens assinadas por Leonardo Fuhrmann e Alceu Luís Castilho, a página denuncia como pai, tios e primos do procurador da Lava Jato conquistaram, à margem da lei, dezenas de milhares de hectares no noroeste do Mato Grosso, em região de conflitos e em litígio com o Incra.
Num governo atolado de contradições, mas abertamente pró-Estados Unidos, só faltava um membro do primeiro escalão contrariar de frente a linha ultraliberal do ministro Paulo Guedes (Economia) e a submissão à Casa Branca. Agora, não falta mais. Principal porta-voz do agronegócio na gestão Bolsonaro (PSL), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defende subsídio estatal no setor primário, parceria com a China e “briga dura” com os Estados Unidos. Tudo em nome de sua base ruralista.
Apenas 87 corporações com sede em 30 países dominam a cadeia produtiva do agronegócio em todo o planeta. O dado integra gigantes do setor de bebidas e carnes, como por exemplo, a Coca-Cola, a AmBev, a JBS e a Unilever; mas também empresas de tecnologia como a IBM, a Microsoft e a Amazon, atraídas para a produção agrícola e o varejo de alimentos por áreas como big data (grande conjunto de manipulação de dados) e veículos inteligentes.
Causador de câncer e outras doenças graves, o agrotóxico teve seu registro suspenso pela Justiça brasileira.
Por Cida de Oliveira